Domingo, 16 Agosto 2015 16:42

Cientistas descobrem o motivo de as pessoas inteligentes viverem mais

Diversos estudos apontaram que existe uma relação entre inteligência e longevidade e que as pessoas mais inteligentes costumam viver mais.

 

Muitos pesquisadores teorizavam que a razão disso estaria associada ao fato de indivíduos mais “espertinhos” serem mais propensos a fazer escolhas melhores, ter melhores empregos e ser mais bem-sucedidos, podendo, portanto, desfrutar de melhores condições de vida.

 

Entretanto, segundo Stephanie Pappas, do portal Live Science, um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Economia e Ciência Política de Londres revelou que 95% da relação entre inteligência e longevidade é influenciada pela genética. Isso foi descoberto após a análise de informações de três estudos realizados com gêmeos idênticos e fraternos — selecionando os pares nos quais um dos irmãos já tivesse falecido.

 

Culpa da genética

 

 

Um dos estudos trazia dados de 377 gêmeos norte-americanos que eram veteranos da Segunda Guerra Mundial, outro, de 246 gêmeos suecos, e o terceiro, de 784 duplas dinamarquesas.

 

A análise apontou que, de modo geral, o irmão mais inteligente dos gêmeos geralmente era o mais longevo, independente de que se tratasse de irmãos idênticos ou fraternos.

 

No entanto, também foi notado que a diferença entre a longevidade dos gêmeos fraternos era maior do que a existente entre os idênticos — sugerindo que a genética era a responsável por essa discrepância.

 

Pares

 

 

Os pesquisadores optaram por realizar o estudo com informações obtidas a partir de levantamentos com gêmeos porque, no caso dos idênticos, eles compartilham 100% de seu genoma, enquanto que os fraternos compartilham a metade de seus genes.

 

Assim, avaliando esses dados, eles puderam descartar fatores externos — como o acesso a melhor educação, empregos, estilo de vida etc. — e focar apenas na genética.

 

Contudo, também ressaltaram que o estudo é limitado e que eles se basearam em testes de QI realizados por participantes já na meia-idade, o que significa que os resultados podem ter sido afetados pelo declínio cognitivo que ocorre naturalmente com o envelhecimento.

 

Portanto, seria interessante ver os mesmos resultados sendo replicados em pesquisas mais abrangentes.

 

 

 

 

Por Maria Luciana Rincón (Mega Curioso)

 

 

 

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