Para chegar ao resultado, o especialista analisou dados da Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar de 2006-2010 e 2011-2013.
Os resultados apontados por Wolfinger abordam um novo conceito social, já que anteriormente sociólogos acreditavam que esperar mais tempo para trocar votos geralmente levava a uma maior estabilidade. De fato, segundo o pesquisador, as chances de divórcio são maiores entre pessoas mais jovens, mas por volta dos 20-30 anos há um declínio dessa possibilidade. Depois disso, na casa dos 35-45 as chances de divórcio sobem novamente. O estudo de Wolfinger aponta que para cada ano depois dos 32, a chance de divórcio sobe em torno de 5%.
Segundo o sociólogo, as possibilidades de uma relação ser mais doradoura quando iniciada entre os 28 e 32 anos é maior porque nesta fase as pessoas têm idade suficiente para entender se realmente querem conviver com alguém ou se estão apenas cegas por hormônios. Além disso, elas já fizeram escolhas de vida significativas e assumiram algumas responsabilidades, sendo financeiramente capazes de apoiar um parceiro em caso de necessidade. Por outro lado, de acordo com a análise, com esta idade a maioria das pessoas não tem tantas "manias", permitindo pequenos ajustes nos hábitos e estilo de vida que o casamento requer. Provavelmente também não têm ex-cônjuges ou filhos com os quais tem que dividir o seu tempo, seus recursos e sua lealdade. Todos esses fatores somam pontos para constituir uma união mais duradoura.
Wolfinger diz que os resultados da pesquisa persistem "mesmo após controle para sexo, raça, estrutura familiar de origem, idade no momento da pesquisa, educação, tradição religiosa, prática religiosa e história sexual, bem como o tamanho da área metropolitana que os entrevistados vivem". (Com O Globo)