Quando penso nisso me vem à mente que no cotidiano gastamos sem perceber mas não percebemos oportunidades de poupar. Já imaginou que R$ 60 por mês equivalem a R$ 2 por dia, que gastamos sem sequer notar e não nos faz falta? Se R$ 60 são pouco demais para você, vamos sofisticar o valor e transformar em dez vezes isso, R$ 20 por dia. Em um mês serão pelo menos R$ 600, que é menos que o salário mínimo, mas em um ano resultam numa economia de R$ 7200 - sem considerar o rendimento deste investimento, seja poupança ou CDB.
Se pensamos em poupar valores grandes - e não conseguimos por razões diversas - podemos fazer o exercício da poupança diária no valor que você sabe ser possível. Pode ser que num dia não seja viável guardar os R$ 2 ou R$ 20; neste caso, qualquer valor poupado já ajuda, afinal, melhor um do que zero, não é mesmo?
Nós poupamos quando temos um sonho para realizar, sendo que este sonho tem que ser GRANDE. Grande para nós, que não significa ser algo caríssimo. Tem que ser grande a ponto de nos fazer tremer por dentro de felicidade se ele for alcançado. Digo isso porque somente com nossa emoção motivada é que vamos vencer a dificuldade de criar um novo hábito, uma nova postura. Poupar implica em sair de uma certa zona de conforto que, mesmo desconfortável (não há conforto em viver no aperto, vamos considerar), é algo que estamos acostumados. Aperta dali, aperta daqui, e o mês vai passando, as coisas vão se ajeitando... mas e seu sonho? E a riqueza que você merece? Virá quando? No futuro, mas que dia que este futuro chega?
Para que o futuro seja presente, precisamos fazer o presente "estar presente" na nossa vida com um novo hábito, que é poupar. Guardar dinheiro, controlar gastos mas acima de tudo, separar um bocadinho para guardar.
Poupar é algo que precisamos aprender todos os dias, até porque em geral quase ninguém aprendeu a fazer isso em casa ou na infância. Sabíamos sim evitar certas despesas, não desperdiçar, usar bem os recursos, mas poupar propriamente, não. Por anos e décadas o país passou por crises econômicas que geraram um pensamento ainda forte na atualidade: sem dívida ninguém cresce. Daí que muita gente se endivida em financiamento porque sabe que a pressão do pagamento da dívida força guardar o dinheiro para o pagamento mensal.
Já pensou que você pode usar esta mesma pressão poupando para si mesmo, ao invés de arcar com custos de um financiamento? Só como referência, saiba que os custos de financiamento não se reduzem aos juros cobrados; existem taxas embutidas como a de abertura de crédito, aprovação de financiamento (em alguns casos) e mesmo de emissão de boletos). Tudo isso acaba deixando aquilo que você compra financiado um bocadinho mais caro.
Vale também pensar naquela poupança atrelada à conta corrente, que debita um valor determinado num dia específico do mês. Pode ser que, para você, esta seja uma forma prática de se comprometer com uma "dívida", sendo que a beneficiária será você mesma.
Agora que você sabe que o sonho, aliado a uma poupança de todo dia, podem fazer maravilhas, comece o quanto antes. Lembre-se que um é melhor que zero, e de pouco em pouco se constrói o muito. Tudo começa pequeno, e com persistência e hábito, torna-se grandioso, do jeito que você merece. (Com informações da Vila Mulher)