Certa de que Cristina (Leandra Leal/foto/esquerda) é filha bastarda dele, Cora convence Eliane a redigir uma carta relatando a paternidade da garota. A mãe de Cristina lamenta ter perdido tudo no incêndio do camelódromo e diz para Cora: "Foi a última vez que vi a minha filha. E sabe o que mais dói? Com o incêndio no camelódromo não tenho mais nada pra deixar pra ela".
É quando sua irmã coloca em prática seu plano: "Aí que você se engana! Você tem uma fortuna pra deixar pra ela!", diz. "Do que você tá falando?", pergunta Eliane.
Veja diálogo:
Cora - Do dinheiro do pai dela: de Zé Alfredo!
Eliane toma um susto e passa a tossir bastante. Cora pega um balde e diz: "Tá aqui o balde. Cospe aqui, não suja a cama toda".
Eliane - Você é má, Cora.
Cora - Você mesma pediu pra não chamar a ambulância.
Eliane - Não é disso que tô falando. É daquilo que me disse. Que minha filha pode ser herdeira de uma fortuna.
Cora - E não é verdade? Ela pode ser filha de Zé Alfredo, sim. E ele virou um milionário.
Eliane - Olha pra mim, Cora. E me diz, na minha cara, nos minutos que me restam: você me convenceu naquela época que não tinha como Cristina ser filha de Zé Alfredo, me fez acreditar que ela era de Evaldo. Mas foi só de maldade, não foi?
Cora - Eu convenci? Você é quem devia saber com quem se esfregava mais.
Eliane pergunta se a irmã quer que ela minta. "Quero é que você nos salve! Que tenha um único minuto de lucidez e diga a sua filha que ela é a herdeira de um milionário!", diz Cora, revelando seu plano.
Eliane - E se ela não for a filha dele?
Cora - No mínimo é sobrinha. Assim como Elivaldo. É da família! E vão continuar aqui nesse miserê enquanto podem viver no bem bom? Só estou lhe pedindo uma coisa, minha irmã: escreva uma carta pra Cristina contando sua história de amor com Zé Alfredo.
Cora se levanta da cama e pega uma caneta. Ela mesma começa a escrever a carta sem pena da irmã, que sofre: "Para com isso, Cora! Não vou escrever carta nenhuma. Tem um pingo de piedade de mim!".
"Egoísta. Até na hora da morte é uma covarde, fraca, burra, idiota, que só pensa em si", grita a vilã. As duas continuam discutindo até que Cora mostra toda sua maldade e desprezo por Eliane: "Tu não vale nada, Eliane. Desde criança nunca gostei de você. É sonsa, falsa, safada. Sempre a mais bonita, a mais arrumadinha, boa aluna, quiquiqui... Mas a mim, nunca enganou. Não vou passar o resto da minha vida pagando pelos seus pecados se posso tirar proveito deles... Já sei o que vou fazer. Agora... E na hora da sua morte... (neste momento ela sorri) Amém."
Cora deixa o quarto e se dirige à sala com o caderno na mão. Ela acha um álbum na gaveta e diz para si mesma: "Pensa que não sei imitar a sua letra de analfabeta, sua cretina? Imagina se você não vai dizer que esse magnata é pai de sua filha... ah, vai...".
Em voz alta, ela redige a carta para Cristina: "Querida filha, quero que me perdoe. Eu lhe guardei um segredo por toda a sua vida. Você não é filha daquele que sempre chamou de pai...", e segue em voz alta narrando a mensagem. Do quarto, Eliane escuta sofrendo.
Ainda neste capítulo, a mãe de Cristina vem a falecer vítima de um câncer no pulmão.
"Império" vai ao ar logo após o "Jornal Nacional".
Com Uol