De acordo com o estudo, o número de casos dobrou entre 2007 e 2011, principalmente entre pessoas com idade entre 18 e 25 anos.
Segundo o cardiologista Fernando Augusto Alves da Costa, as bebidas energéticas são compostas por substâncias com poder de excitação cardíaca, como cafeína, taurina e ginseng e, quando aliadas às bebidas alcoólicas, a mistura pode se tornar uma bomba relógio. “Quando misturadas, elevam a frequência do coração, podendo causar irritação no coração, seguido de arritmia cardíaca”, explica o médico.
Para quem é pré-disposto a doenças cardíacas, o cuidado com os energéticos precisa ser redobrado, já que aliada à ansiedade e altas taxas de estresse, a mistura com o álcool pode ser fatal. “A cafeína é uma das substâncias mais prejudiciais do energético, seguida de outros ingredientes da bebida. Estima-se que uma lata de energético equivale a três xícaras de café”, alerta Costa.
Como em muitos casos algumas complicações cardíacas não apresentam sintomas e não possuem diagnóstico simples, é muito importante que a população tenha consciência da gravidade da ingestão de bebidas alcoólicas com energéticos. “Enquanto as pessoas não desenvolvem essa cultura, a recomendação é que os lugares que vendem esse tipo de bebida e têm grande concentração de pessoas precisam estar preparados para atender vítimas da ingestão indevida da mistura, pois o primeiro atendimento é primordial para reverter o quadro”, completa o cardiologista. (Com JM Online)