Quarta, 02 Julho 2014 19:25

8 Hábitos e costumes brasileiros que deveriam ser exportados, na opinião dos gringos

Em tempos de Copa do Mundo, muitos brasileiros viram as ruas das suas cidades sendo invadidas por estrangeiros de todas as partes do globo.

 

Tirando a onda de protestos contra o evento e todo o climão que por vezes toma as ruas, uma das coisas mais interessantes de serem observadas é a grande diferença cultural entre os povos, seja pelo jeito de agir, na hora de comer, na hora de comemorar, etc.

 

Nós brasileiros, por muitas vezes, chegamos a nos diminuir perante a cultura de países mais ricos, como os Estados Unidos, a França, a Itália e por aí vai. Óbvio, que não há nada de mais em achar determinado hábito mais bonito ou educado que o de costume, mas não há motivo para achá-los sempre melhores – o que é muito ruim.

 

Mas, para quem acha que nossos hábitos e costumes não tem nada a acrescentar a um estrangeiro “mais civilizado”, engana-se redondamente. Em matéria interessantíssima publicada pelo Zero Hora, estrangeiros entrevistados revelaram quais dos nossos costumes e hábitos eles mais admiram e que gostariam que fossem exportados para outros países. Alguns são surpreendentes.

 

 

1 – Abraço

 

 

Você deve estar pensando “mas como assim, o abraço???”. A verdade é que, mundo afora, as pessoas não são tão receptivas ao contato pessoal íntimo, mesmo entre amigos ou parentes. Quem já teve a oportunidade de viajar para outros países, especialmente na Europa, sabe do que estou falando.

 

O nosso tradicional abraço seguido de um beijinho na bochecha, típico de quando se encontra um conhecido ou mesmo quando se é apresentado a alguém, pode parecer um verdadeiro “abuso sexual” para um gringo.

 

Boris Pravda-Starov, 25 anos, estudante, que morou em Porto Alegre, explica ao Zero Hora que gosta do hábito dos brasileiros de dar abraços e que deu um abraço em seu pai assim que retornou à França, e ele estranhou a atitude do filho. O estudante chinês Liu Da diz que na China, sequer o aperto de mão é usual - as pessoas simplesmente não se tocam.

 

 

2 – Higiene

 

Definitivamente, somos muito limpos – e eu tenho orgulho disso! (risos) Por onde passamos, os estrangeiros costumam ficar impressionados por nossos hábitos básicos de tomar banho ao acordar, escovar os dentes após as refeições, etc.

 

A explicação é cultural, claro: somos descendentes de índios que já possuíam bons hábitos de limpeza bem antes dos europeus chegarem por aqui. A francesa Nathalie Touratier se diz admirada pelo fato de escovarmos sempre os dentes, mesmo no trabalho: ela explica que na França, as pessoas mascam chicletes após almoçarem quando estão em serviço.

 

 

3 – Almoçar

 

Sim, por mais estranho que isso possa parecer, em alguns países a principal refeição dia – para nós – é uma mera trivialidade. A neozelandesa Victoria Joy Winter diz que, em seu país, as pessoas tendem a engolir um sanduíche no almoço e fazer uma refeição pesada à noite.

 

Ela reconhece que um jantar mais leve é muito mais saudável e que nosso ponto de vista quanto à alimentação deveria ser exportado. O holandês Marnix Van se diz apreciador da ideia dos rodízios e bufê a quilo.

 

 

4 – Atividades físicas

 

Falando em saúde, quando se trata de cuidado com o corpo, nós somos, mais uma vez, exemplo para o mundo. Estrangeiros da África do Sul e do restante da América do Sul se dizem impressionados com nossa vontade em praticar exercícios físicos como caminhadas, ciclismo ou o nosso tradicional futebol, independentemente da hora do dia.

 

Elia Arévalo, nicaraguense, diz que acha ótimo quando algumas ruas são fechadas aos finais de semana para a prática de exercícios; Mauricio Uriona, boliviano, acha o culto ao corpo algo importante e que as pessoas não se preocupam com o físico em seu país.

 

 

5 – Carona

 

 

Dar carona é só mais uma de tantas cordialidades que o brasileiro é acostumado a praticar sem nem ter ideia de que, em outros países, esse é um hábito praticamente inexistente.

 

Manuel Gourmand, francês, diz que esta é, de longe, uma das práticas brasileiras que ele mais gosta. Ele diz que na Europa isso não existe e que nem mesmo colegas pensam na possibilidade de oferecer carona a alguém; cada um vai aos encontros por conta própria.

 

 

6 – Atendimento

 

Este é um ponto controverso entre os que foram entrevistados pelo Zero Hora, mas por uma simples questão de gosto: britânicos e franceses não gostam de ser abordados pelos atendentes.

 

Por outro lado, o italiano Alessandro Andreini afirma que uma das frases que mais gostou de ouvir na vida foi “você encontrou tudo o que procurava?” vinda da caixa de um supermercado. Mais uma vez, fica evidente a cordialidade do brasileiro.

 

 

7 – O “jeitinho” brasileiro

 

Na arte da improvisação, nós somos verdadeiros mestres e o tão polêmico “jeitinho” brasileiro é sim apreciado pelos estrangeiros. De acordo com eles, e como versa o ditado, para um brasileiro “só não existe jeito pra morte”, pois nós somos naturalmente insistentes perante às situações adversas e que sempre acreditamos que podemos superá-las de alguma forma.

 

Para o filósofo americano Allan Taylor, é esse nosso “jogo de cintura” que nos torna tão bem sucedidos no exterior e é o que explica o porquê dos americanos, por exemplo, não conseguirem sambar nem jogar futebol direito.

 

 

8 – A forma como tratamos os estrangeiros

 

 

Alguns vão dizer que brasileiro gosta mesmo é de “babar” os gringos, inferindo que agimos como bobos com os estrangeiros. Eu pessoalmente acredito que o brasileiro, em geral, é cordial com qualquer pessoa de fora da sua cidade ou estado; uns mais, outros menos.

 

De qualquer forma, este não é um costume de muitos países do mundo – e talvez por isso o brasileiro passou achar que é humilhante tratar um estrangeiro bem quando não se é tratado da mesma forma lá fora. Katharina Ockert, alemã, conta que certa vez pediu uma informação a uma senhora na rua e se surpreendeu quando a mesma a pegou pela mão e a levou ao local.

 

A francesa Clémentine Athanasiadis, estudante da PUCRS, diz que acha esse comportamento importante, pois os estrangeiros se sentem perdidos no começo e acha excelente que as pessoas aqui sempre deem informações com um sorriso no rosto.

 

Se é humilhação ou não, depende da visão de cada um, mas creio que os bons costumes é que nos enobrecem; e quer maneira melhor que dar “um tapa” na cara dos gringos mostrando pra eles que educação e gentileza são o caminho correto?

 

 

 

 

 

Por Luciano Hylton (Tudo Interessante)

 

 

 

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