Segundo dados da American Heart Association (Associação Americana do Coração) o número de casos aumenta em 25% nessa época do ano. “O risco de doenças cardíacas ocorre pelo contato com o frio. Nosso coração precisa trabalhar de forma mais pesada e a consequência, se a pessoa já estiver propensa a um problema cardiovascular, ele será antecipado”, afirma o presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia, Dr. Osni Moreira Filho.
O frio também eleva a pressão sanguínea e pode desencadear outras doenças cardiovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), anginas ou arritmias cardíacas. De acordo com o cardiologista, um dos agravantes é o choque térmico, ou seja, a variação súbita de temperatura. “Quando você está quente e sai no frio, acaba predispondo o coração a espasmos coronários, o que pode levar ao infarto”, explica.
Para o médico, o inverno é um convite aos maus hábitos e é importante manter as mesmas rotinas saudáveis do verão. “Praticar uma atividade física e ter uma dieta balanceada são fundamentais, mas não é necessário ser exagerado, um pouco de um alimento mais pesado não faz diferença”, comenta. O cardiologista ressalta a importância de comer até seis porções de frutas e verduras por dia, durante todo o ano. “Desde que as pessoas mantenham o uso das comidas necessárias, está liberado complementar a alimentação com uma sopa ou um chocolate quente”, salienta.
A atividade física deve continuar sendo feita com a mesma intensidade do verão, mas é preciso realizá-la com mais atenção, como fazer um aquecimento de, aproximadamente, vinte minutos e alongamento antes e depois do exercício. “Antes de iniciar uma atividade física é importante procura um médico”, diz o cardiologista. Segundo ele, é preciso ficar atento ao uso de roupas mais quentes, para não ter problemas com a queda da temperatura corporal. “Usando uma vestimenta adequada você não passa frio e ajuda na hora de realizar o exercício. Também é necessário tomar cuidado com o suor posterior ao exercício, que tende a esfriar o corpo rapidamente, e claro, não deixar de beber água”, comenta.
Por Rhaíssa Sizenando
