“As mães são grandes educadoras no trânsito. Elas pedem para o filho não beber e dirigir, lembram do cinto de segurança, reclamam da alta velocidade e das ultrapassagens perigosas”, diz o diretor-geral do Detran, Marcos Traad. “Os números são claros: elas são mais prudentes e sabem do que estão falando”, afirma.
PERFIL: As mulheres preferem dirigir carros e respondem por 52% de todas as Carteiras de Habilitação na categoria B, emitidas no Paraná. Cerca de 500 mil motoristas mulheres têm entre 25 e 35 anos e outras 400 mil possuem idades entre 35 e 44 anos.
Segundo o censo realizado em 2010 pelo IBGE, em média, as mulheres brasileiras têm filho aos 26,8 anos. Quando a escolaridade e a renda são maiores, a idade média fica entre 30 e 34 anos. Entre todas as motoristas paranaenses, as que têm 32 anos representam a maioria e somam 55 mil.
Nesta faixa etária, elas têm buscado cada vez mais a primeira habilitação. De acordo com a Coordenadoria de Habilitações do Detran, o número de mulheres que tirou a permissão para dirigir subiu 12% na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período de 2014.
O índice é maior ainda na faixa etária entre 25 e 34 anos: a alta foi de 13,5%.
INFRAÇÕES: Das Carteiras de Habilitação suspensas por 20 pontos, em 2013, proporcionalmente, o número de homens que perderam o direito de dirigir é 62% maior do que o de mulheres.
No ano passado, em todo Estado, foram realizados 13.718 autos de infração para motoristas que dirigiram sob efeito de álcool. Para cada 8 homens, uma mulher foi flagrada embriagada ao volante. Essa é uma das infrações que gera a suspensão direta da CNH.
ACIDENTES: As mulheres também são as que menos se envolvem em acidentes. Em 2013, a Seguradora Líder – responsável pelo Seguro DPVAT – pagou mais de 600 mil indenizações. Do total, somente 24% foram para mulheres e 76% para os homens. Nos benefícios pagos em caso de morte, as mulheres representam apenas 11% do total e ocupam a posição de pedestre na maioria das ocorrências.
Por assessoria