Segunda, 31 Março 2014 21:27

Maconha para curar doenças. Você concorda?

Até onde você iria pela saúde de seus filhos? Katiele Fischer, de 33 anos, foi além para que sua filha, Any, de 5 anos, pudesse ter o mínimo de qualidade de vida.

 

A menina sofre da rara síndrome genética CDKL5, que causa epilepsia aguda, crônica e sem cura e precisa ser curada com um derivado da maconha.

 

Mas não se trata da mesma coisa que as pessoas fumam por aí. A garotinha é medicada com um dos princípios ativos da Cannabis Sativa, o Canabidiol (CDB). Mesmo sendo comercializada como suplemento alimentar nos Estados Unidos, não causando dependência e alteração dos sentidos ou tendo anos de pesquisas documentadas, o medicamento é proibido em todo o país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

 

Katiele se empenhou em buscar o remédio a todo custo depois de tentar, sem sucesso, dos mais diversos métodos para amenizar a condição da filha. Any chegou a ter 60 convulsões por semana - o que causou, em 3 meses, a perda de toda a mobilidade adquirida pela menina em 3 anos. Porém, com o uso da substância, a filha da brasiliense chegou a ficar três semanas sem qualquer crise, durante o mês de Janeiro.

 

 

A iniciativa

 

Pelo caráter ilegal do único medicamento que controla a doença de Any, Katiele entrou na justiça pedindo à Anvisa a regulamentação da cannabis medicinal. Sua saga pela legalidade foi contada no curta-metragem "Ilegal", dirigido por Raphael Erichsen e Tarso Araujo, jornalista autor do "Almanaque das Drogas", lançado pela Abril.

 

Os dois rapazes idealizaram o projeto "Repense" que deu origem ao curta e pretende incentivar a legalização do uso medicinal da maconha. Além disso, a iniciativa deseja criar um site de esclarecimento e informações confiáveis a cerca do uso médico da droga, com depoimentos de usuários e médicos.

 

Para que a ideia vá para frente, Raphael e Tarso estão angariando recursos por meio da plataforma de financiamento coletivo "Catarse". É possível colaborar com valores a partir de R$20, que dão direito a diversos brindes do projeto e nome na seção de colaboradores da campanha no site.

 

O debate foi lançado e está sendo abordado desde os grandes veículos de comunicação até as pequenas rodas de conversa. Se a morfina, derivada do ópio (que também origina a cocaína), é de vital importância para a medicina, por que o CDB, derivado da maconha, não pode ser? Qual a sua opinião?

 

 

Por Juliany Bernardo (MBPress)

 

 

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