E se você achou que esse hormônio fosse exclusivamente masculino, está enganada.
"A testosterona é o hormônio que dá a libido e o bem estar à mulher, apesar de ser produzido em doses pequenas quando comparado à produção pelo testículo nos homens", conta a Dra. Rosa Maria Neme, ginecologista, proprietária e diretora do Centro de Endometriose de São Paulo.
Além da falta de desejo sexual e da baixa autoestima, a diminuição desse hormônio no metabolismo pode causar retenção de líquido e consequente aumento de peso, o que acaba gerando ainda mais frustração.
As mulheres acima de 40 anos costumam ser as que mais sofrem com a baixa na produção de testosterona. Entretanto, após os 20 anos, inicia-se uma redução lenta dos níveis do hormônio até a menopausa, quando há uma baixa mais drástica. Não por coincidência, é a partir desta idade que são notadas as principais queixas femininas. Fora a idade, o uso de "qualquer anticoncepcional, independente da época da vida da mulher, também diminui a produção de testosterona consideravelmente", como alerta a ginecologista.
Mas não fique louca atrás do tal hormônio. Em excesso, ele também faz mal. A exemplo da Síndrome dos Ovários Policísticos, como explica Dra. Neme: "Nesse caso, há aumento da produção da testosterona. Essa condição traz sintomas como irregularidade menstrual, acne, aumento de oleosidade da pele e queda de cabelo".
O exame para detecção da baixa testosterona no organismo é feito, normalmente, no rastreamento hormonal pedido pelo ginecologista todos os anos. "Só é importante que se verifique a época do ciclo menstrual em que este exame é colhido, porque, no início dele a testosterona é baixa em todas as mulheres, por exemplo", previne.
Os tratamentos para corrigir a produção do hormônio consistem em fitoterápicos que podem ajudar no aumento discreto da testosterona. Outra opção são pequenas doses ministradas pela pele (em gel) ou injetável, tentando evitar ao máximo os efeitos colaterais do excesso.
O importante é não se culpar por não produzir testosterona na medida correta, pois não há qualquer medida preventiva para evitar a queda. Por isso, é importante que você visite o ginecologista regularmente, faça todos os exames requisitados e corra para uma consulta quando sentir que as coisas não estão normais.
A prevenção não depende de você, mas o tratamento, sim!
* Serviço: Dra. Rosa Maria Neme, ginecologista, proprietária e diretora do Centro de Endometriose de São Paulo.
Por Juliany Bernardo (MBPress via Vila Mulher)