Com o tema “Hidrelétricas do Rio Iguaçu: Desenvolvimento Pra Quem”? visa discutir e questionar a implantação de usinas hidrelétricas e o impacto ecológico e social delas para a população ribeirinha. Além do retorno financeiro que não favorece os municípios e populações onde estão instaladas as usinas, qual o capital é arrecadado e investidos em outras regiões ou na iniciativa privada em outros países.
A audiência realizada em Laranjeiras do Sul é a segunda sobre o tema. Na semana passada foi realizada uma em Capanema e está agendada outra para Umuarama e a reunião final, com a entrega do relatório no Plenarinho da Alep em Curitiba em breve.
A população de Rio Bonito do Iguaçu sente profundamente esta situação, pois no passado a instalação da Usina Hidrelétrica de Salto Santiago, além de fazer desaparecer as quedas de Salto Santiago, muitas famílias foram realocadas e não tiveram o devido ressarcimento. Fora a longa briga judicial para a questão dos royalties e ICMS, onde ficou decidido que somente município vizinho de Saudades do Iguaçu teria o direito de receber os valores mensais. Na divisa, a barragem da usina fica localizada em Rio Bonito do Iguaçu.
De acordo com um dos deputados presentes, se pretende no futuro a instalação de 250 novas usinas em todo o Estado.
Em documento que será elaborado através de um relatório em 180 dias, os deputados pretendem levar as demandas das populações, das entidades de classe, movimentos sociais e outros sobre o problema para apreciação e tomadas de diretrizes e ações.
Fazem parte da Frente Parlamentar em Defesa dos Atingidos por Barragens os deputados Nereu Moura, Tadeu Veneri, Professor Lemos e Nelson Luersen. Estiveram presentes também entidades da sociedade civil, representantes de movimentos sociais – em especial do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), prefeitos, secretários, vereadores de diversos municípios da Cantuquiriguaçu, reitoria, professores e acadêmicos da UFFS, os próprios agricultores atingidos por barragens entre outros.
Por Assessoria