O objetivo do projeto apresentado pela comunidade é viabilizar a agroindustrialização, comercialização e distribuição dos produtos agroecológicos produzidos por cerca de 70 famílias dos dois assentamentos. Desta forma, os assentados terão acesso ao mercado institucional através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“O projeto contempla três atividades principais: instalação de uma cozinha industrial para produção de panifícios e processamento de polpa de frutas; produção de grãos, especialmente milho e arroz; e produção de sementes crioulas, principalmente milho e feijão”, explica Ivan Testa, presidente da Cooperativa Agroecológica Ireno Alves dos Santos (Coopaia).
Segundo Ivan Testa, a cooperativa, que reúne cerca de 70 sócios moradores dos assentamentos, foi reativada em 2013 com o papel de efetivar o processo de organização da comercialização e agregação de valor na produção das famílias.
Assistência técnica
O processo de transição da produção convencional para a agroecológica conta com suporte técnico e teve início há quase dois anos, através das atividades desenvolvidas pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável e Capacitação em Agroecologia (Ceagro), empresa contratada pelo Incra para desenvolver serviço de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) na região de Rio Bonito de Iguaçu.
Cerca de 60 famílias nos assentamentos Ireno Alves e Marcos Freire encontram-se em processo de transição da produção convencional para a agroecológica. Já são duas famílias certificadas pela Rede Ecovida, responsável pela certificação agroecológica, e mais sete em processo de certificação.
O Terra Sol é um programa do Incra que visa propiciar o aumento de renda dos assentamentos da reforma agrária por meio de atividades socioeconômicas sustentáveis, valorizando as características regionais, experiências e potencialidades locais, com ênfase na agroecologia.
Por assessoria Incra e Aldoir Couto