Entre todos, os pellets, pequenos cilindros de madeira prensados, vêm ganhando destaque na geração de energia.
A partir de modelos existentes na Europa, a Araupel começou há três anos pesquisas para desenvolver os Araupellets. A largada na produção ocorreu em janeiro de 2015, na unidade de Quedas do Iguaçu (PR). Agora, a empresa elabora projeto para expandir a produção em até cinco vezes.
"Buscamos agregar valor aos nossos produtos de forma sustentável e com respeito ao ambiente. Nada é descartado na natureza aqui na empresa e, com os pellets, reforçamos mais essa vocação ao dar um aproveitamento ainda melhor para aparas de madeira", afirma Norton Fabris, diretor de Operações da Araupel.
Os pellets servem para gerar energia em usinas termelétricas, ter uso comercial, nos fornos de pizzarias e aquecimento de água de hotéis, e também uso doméstico, como em lareiras. A substituição na matriz energética pode ser vantajosa. Como comparação, são necessários 2 kg de pellets para se obter a mesma quantidade de energia gerada por 1 kg de óleo diesel. Apesar do maior volume do subproduto de madeira, o custo fica pela metade na comparação com o combustível mineral.
Outro benefício é a baixa produção de cinza – cerca de 0,5% do peso total, bem abaixo dos 10% do bagaço de cana-de-açúcar, 2% a 3% da lenha e 1,5% do cavaco. Um quilo de pellet resulta em apenas 50 gramas de cinzas.
O processo de produção de pellets se dá por extrusão da maravalha seca, que é uma apara de madeira. Ensacado em embalagens de 30 kg, é transportado, estocado e manuseado com mais facilidade do que a lenha, por exemplo.
Por Cláudia Paes