Tarso começou a apresentação com um vídeo que mostra o grau de compromisso da Araupel com o planejamento, a técnica, o respeito ao meio ambiente, às pessoas e ao desenvolvimento. Ela conta com um viveiro de mudas com capacidade de produção de dois milhões de mudas por ano e com um complexo industrial moderno e atento às mais diversas legislações. Informou da recente inauguração de uma indústria de molduras em Guarapuava e que dobra a atual capacidade da Araupel. A fábrica exigiu investimento de R$ 150 milhões e dá emprego a 400 pessoas – o número dobrará em breve.
Outra boa notícia, conforme Tarso, é que o grupo acabou de fechar parcerias que garantem sustentabilidade em madeira pelos próximos 30 anos à indústria instalada em Guarapuava. A nova unidade trabalhará em sintonia com a de Quedas do Iguaçu, onde a empresa em setembro completará 44 anos de atividades. Os números da Araupel só não são ainda melhores devido às invasões que o grupo sofre há 20 anos por integrantes do Movimento Sem-Terra. As ações do MST levaram à formação de três assentamentos em área superior a 50 mil hectares, e que pertenciam à indústria.
Mesmo assim, o MST fez novas invasões nos últimos dois anos na região de Quedas do Iguaçu, trazendo sérios prejuízos à atividade industrial, ameaçando empregos, criando sérias dificuldades financeiras a terceirizados e promovendo uma brusca desvalorização imobiliária no município. Em Quedas, a Araupel gera 1,2 mil empregos diretos. Porém, são mais de dez mil pessoas que, de uma forma ou outra, dependem dela. Tarso informou que a empresa conta com todos os títulos e documentos que comprovam que é dona da área desde 1913. “Nos próximos dias, o TRF4 deverá pacificar a questão sobre a Rio das Cobras, a menor das áreas em questionamento, o que é uma grande notícia”, afirmou.
Durante meses a Araupel não pôde tirar madeira de suas principais áreas de corte, impedida pelo MST. Ela chegou a precisar buscar matéria-prima a 300 quilômetros de distância para não parar a indústria e preservar empregos. No recente acordo com o Movimento e a Justiça, o clima amainou porque a empresa colocou à disposição das famílias uma área de 190 hectares e que ficará a disposição delas até que o Incra encontre formas legais de assentá-las. Tarso agradeceu o apoio da Caciopar e de outras entidades em favor do constitucional direito à propriedade.
Com as novas sinalizações, a indústria já pensa em retomar investimentos que foram paralisados. Mas, antes, precisará recompor o viveiro de mudas em áreas de plantios jovens que foram destruídos pelo MST. O presidente da Coordenadoria, Leoveraldo de Oliveira, reafirmou o apoio e disse que o respeito às leis e ao próximo é imprescindível para construir um país de sucesso social e economicamente. Depois do almoço, diretores da Caciopar e empresários fizeram uma visita técnica às instalações da Araupel. (Caciopar)