O G7 – grupo que reúne as principais entidades representativas do setor produtivo paranaense – vêm a público repudiar mais uma afronta às leis e ao constitucional direito à propriedade orquestrada por membros do Movimento Sem-Terra. Novamente, áreas produtivas da Araupel, no Sudoeste do Estado, são atacadas e saqueadas por um grupo de pessoas que, apesar de jamais ter respeitado as leis, sentem-se no direito de ditá-las.
É imperativo, para o bem e para a longevidade da jovem democracia nacional, que os preceitos constitucionais sejam rigorosa e atentamente preservados. Por isso, diante dos fatos ocorridos a partir da madrugada da última segunda-feira (6/7), as entidades apelam às autoridades para que façam prevalecer a Justiça e os direitos contidos no mais importante documento de cidadania de todo brasileiro, a Constituição.
A invasão à área do Projeto Quatro, em Quedas do Iguaçu, é mais uma manobra do MST para inviabilizar projetos, macular a história e desrespeitar uma empresa que sempre se pautou pelo trabalho e pelo zeloso cumprimento de suas obrigações fiscais, ambientais e sociais. Lamentamos profundamente que uma decisão judicial provisória de primeira instância, à qual a própria juíza já atribuiu efeito suspensivo, tenha sido usada como estímulo, incentivo e justificativa para a nova invasão, como vêm afirmando os líderes do movimento em declarações à imprensa.
As duas invasões mais recentes, de julho de 2014 e de agora, contam com reintegração de posse dada pela Justiça. Para o bem da paz social e econômica do Paraná, essas decisões precisam ser firmemente cumpridas pelo governo estadual. Diante de circunstâncias tão graves, não há nada mais importante e urgente que, pelos meios legais, fazer prevalecer a lei e a ordem jurídica.
Mais do que afetar as atividades de uma única empresa, o que por si só já seria condenável, o ato já vem causando prejuízos econômicos para as cadeias produtivas da construção civil, da madeira, da avicultura, da suinocultura, da energia elétrica, do papel e da celulose do Paraná, que têm na Araupel uma importante fornecedora de matéria-prima. Além de prejudicar a imagem de um Estado de tradição pacífica e trabalhadora, inibir novos investimentos em reflorestamentos e comprometer o próprio futuro da silvicultura no país – cujo desenvolvimento foi objeto de recente compromisso assumido pela própria presidenta da República em instâncias internacionais.
Compromete, em especial, a economia dos municípios onde a Araupel atua, que têm boa parte de sua arrecadação proveniente dos impostos pagos por ela, e a qualidade de vida de seus cidadãos, já que a empresa gera mais de 2 mil empregos diretos e indiretos, provendo o sustento de mais de 6 mil pessoas.
Ao mesmo tempo em que a Araupel busca garantir o seu direito à propriedade e à produção, queremos aqui cobrar das autoridades posições corajosas e estadistas que façam valer as garantias fundamentais contidas na Constituição. (Com CGN)