Segundo o advogado do proprietário da Fazenda, Tadeu Karasek Junior, uma intimação foi entregue em junho deste ano às famílias para que desocupassem a área sem intervenção policial. “Entretanto, eles já haviam construído casas na área invadida. Fizeram praticamente um loteamento nesse espaço”; o advogado comenta que os prejuízos ao dono do imóvel ainda não foram aferidos, já que é necessária perícia para que o valor total seja contabilizado. “Em praticamente dez anos de invasão, os prejuízos são muitos, já que se deixou de plantar no local em que as famílias estavam acampadas e as máquinas que foram adquiridas para o plantio e colheita não puderam ser utilizadas devido à ocupação ilegal”.
A Araupel, instalada há mais de 42 anos em Quedas do Iguaçu sofre o mesmo drama e passa por sua quarta invasão de grupos do MST (Movimento dos Sem-Terra), mesmo após ter cedido 51 mil hectares à reforma agrária, restando apenas 33 mil hectares para toda a produção da empresa.
O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), informou que não há prazo para que as famílias sejam assentadas e muito menos área disponível, mas a reintegração de posse feita no dia 07, na PR-369 é um precedente de que em breve o direito à propriedade será retomado, segundo o diretor da Araupel, Tarso Giacomet, cumprindo liminar expedida pela Justiça ao Estado do Paraná dias após a invasão, que ocorreu em julho.
O último mandado de reintegração de posse cumprido na região Oeste do Paraná ocorreu em Lindoeste. Famílias que ocupavam uma fazenda particular foram retiradas pela Polícia Militar após receberem ordem judicial. Segundo a Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública), atualmente são 71 áreas ocupadas que possuem mandados de reintegração de posse e que estão em negociação com o INCRA, incluindo as áreas da Araupel.
Com Iguaçu Notícias