Atitudes como essa, em um país que tanto precisa investir na produção e em avanços sociais e econômicos, não podem mais ser toleradas. A invasão de uma área produtiva, como é o caso específico da Araupel, é uma afronta à Constituição que trata, em um de seus capítulos mais importantes, sobre o direito à propriedade.
Além da invasão e das consequências que ela poderá trazer à economia de uma região inteira, o fato mostra a fragilidade das políticas agrárias do atual governo federal, que não se posiciona de forma comprometida e responsável diante de um tema tão importante. Mais lamentável ainda é perceber que alguns políticos, candidatos a cargos eletivos já declarados, posicionem-se a favor de uma atitude tão irresponsável.
Em um cenário de tanta instabilidade, igualmente política como jurídica, fica difícil atrair investimentos e convencer empresários a ampliar os seus negócios. O prejuízo será de toda a sociedade e do País, como um todo. Outra informação que corre na região, e que é das mais preocupantes caso se confirme, dá conta que o interesse dos invasores não é propriamente a terra para trabalhar e sim extrair a madeira, vendê-la e ficar com o dinheiro. Caso esse fato ocorra, e não seja punido com severidade, os desdobramentos dele serão inúmeros e dos mais temerosos.
A Caciopar defende o trabalho, a valorização do setor produtivo e o rigoroso respeito e cumprimento às leis. Diante disso, a entidade espera agora que a Justiça haja com rapidez, dê e faça cumprir imediatamente a reintegração de posse dessa área. Caso contrário, há ainda o risco dessa empresa, tão importante à economia de vários municípios, simplesmente encerrar as suas atividades no Paraná.
Diretoria da Caciopar