Quarta, 06 Maio 2015 10:16

Palmital - Município é modelo de combate à dengue. “ O segredo está na prevenção”

Enquanto “infelizmente” o país vive uma epidemia de dengue, Palmital se torna modelo, já que nesse intervalo não teve casos registrados.

 

Para evitar que isto aconteça a Prefeitura do Município, através da Secretaria de Saúde, de seus agentes de endemias e ACS (Agentes Comunitários de Saúde), têm trabalhado muito na coletando de lixos, realizando mutirões e na conscientização da população com informações sobre como eliminar o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.

 

“O segredo está na prevenção. E como podemos ver na mídia todos os dias, diversas cidades vizinhas tem casos da doença, cidades bem menores que a nossa estão enfrentando uma epidemia. O que nos diferencia é a parceria com a população que tem cumprido o seu papel, e o trabalho preventivo que temos realizado, todos os anos”, disse Veridiana Garrozo.

 

Palmital registrou 7 casos da doença, desde 2012, todos autóctones. O mais recente foi em abril deste ano, quando um cidadão palmitalense, contaminado no estado de São Paulo, recebeu tratamento em Palmital. “Todos os sete casos são ‘importados’, ou seja, nenhum contraiu a doença aqui. O último é morador de Palmital, e tinha ido trabalhar em São Paulo, onde foi infectado. Quando voltou passou mal e foi tratado pela Saúde do município”, contou Veridiana.

 

Segundo a agente, o fato de não termos casos da doença não quer dizer que podemos nos descuidar. “Todo dia é hora de se prevenir, não importa se é inverno ou verão, se temos casos ou não. Temos que agir como se estivéssemos à beira de uma epidemia, sempre. Todos somos sabedores de que a melhor forma de se evitar a dengue é combater os criadouros, focos de acúmulo de água, que são os locais propícios para a criação do mosquito. Então mais uma vez eu ressalto, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. Prevenção, está é a palavra chave para evitar a dengue”, concluiu Veridiana.

 

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou nesta segunda, dia 4, que o país enfrenta uma epidemia de dengue.

 

Desde o início do ano até o dia 18 de abril, o país já registrou 745,9 mil casos de dengue – um aumento de 234,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 223,2 mil casos da doença. Os números foram divulgados nesta terça, dia 5, pelo Ministério da Saúde.

 

De acordo com o balanço, a Região Sudeste apresenta a maior incidência de dengue, com 575,3 casos para cada 100 mil habitantes (489.636 casos no total); seguida das regiões Centro-Oeste, com 560,7 para cada 100 mil habitantes (85.340 casos no total); Nordeste, com 173,7 para cada 100 mil habitantes (97.591 casos no total); Sul, com 159,8 para cada 100 mil habitantes (46.360 casos no total) e Norte, com 156,6 para cada 100 mil habitantes (27.030 casos no total).

 

Segundo a pasta, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15 primeiras semanas do ano – um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram registradas 158.

 

Além disso, até o dia 18 de abril, foram registrados 404 casos graves de dengue – aumento de 49,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 270 casos graves.

 

Chioro destacou que houve elevação em praticamente todo o país, na comparação com 2014, sobretudo, porque ele foi um ano “excepcionalmente bom” em relação à dengue. O ministro explicou que a tendência é de diminuição da dengue, com a chegada do inverno. “Em alguns estados, isso já se observa. As temperaturas começam a cair e as medidas de controle estão funcionando”, apontou. Embora o frio ajude a diminuir o impacto da doença, as estatísticas ainda devem indicar crescimento. Isso ocorre porque as próximas divulgações incluirão o restante de abril e maio. Ele destaca que é preciso manter as ações de prevenção, mesmo com a diminuição dos casos. “É possível que em muitos estados se interrompa em definitivo, até o início do verão. Isso não significa que a dengue deixou de ser uma preocupação”, destacou.

 

 

 

 

Por Assessoria

 

 

 

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