O ProExt é coordenado pelo MEC e visa apoiar as instituições públicas de ensino superior no desenvolvimento de atividades de extensão que contribuam para a implementação de políticas públicas, beneficiando a comunidade da região de abrangência da universidade e contribuindo na formação dos acadêmicos.
Projetos
Quatro das cinco propostas do Campus contempladas com recursos foram classificadas pelo MEC com nota acima de 90 pontos. Entre eles está o projeto “Usina comunitária de resíduos orgânicos urbanos”, coordenado pelo professor José Francisco Grillo, que alcançou nota máxima (100 pontos). “O projeto visa a reciclagem de galhos de podas de árvores, que, muitas vezes, vão para os lixões e acabam diminuindo a vida útil do local. Desta forma, temos o objetivo de criar uma usina comunitária para transformar esses galhos, que são resíduos urbanos, em compostagem e depois destrinchar essa compostagem em adubo orgânico, substrato para cultivo de cogumelos medicinais e comestíveis e produção de frutas, como o morango, por exemplo”, explica Grillo.
Já o projeto “Aquicultura na Terra Indígena Rio das Cobras: valorização e diálogos interculturais”, coordenado pela professora Betina Muelbert, tem o intuito de contribuir para a autonomia dos moradores desta comunidade indígena, garantindo a segurança alimentar e nutricional. “A atividade é interdisciplinar, envolvendo as ciências humanas, agrárias e exatas, e objetiva a melhoria da qualidade de vida e superação das desigualdades alimentares da população da Terra Indígena Rio das Cobras, através da produção de peixes e inclusão deste produto na dieta”, afirma Betina.
Coordenado pela professora Nádia Teresinha da Mota Franco, o projeto “Direitos Humanos na Comunidade” tem o objetivo de trabalhar junto a professores do ensino básico de Laranjeiras do Sul e membros de assentamentos e de reservas indígenas da região na realização de encontros onde serão abordados os principais textos de defesa dos direitos humanos, no âmbito nacional e internacional, como, por exemplo, a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura e a Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra.
Outra ação de destaque será realizada pelo programa “Apoio à estruturação e articulação de ações de fortalecimento da produção e comercialização solidária de alimentos ecológicos em grupos de agricultores familiares da Rede Ecovida de Agroecologia da região centro-oeste do Paraná”, que tem a coordenação do professor Julian Perez Cassarino. O programa atuará no fortalecimento das atividades de produção de alimentos ecológicos e na articulação da comercialização destes produtos por grupos de agricultores ecologistas dos Núcleos Monge João Maria e Luta Camponesa. As atividades visam ainda a estruturação de um circuito regional de produtos ecológicos e a construção de novas iniciativas de comercialização na região.
Por sua vez, o projeto “Complexo temático: dos referenciais da Pedagogia Socialista às Práticas Educativas que exploram caminhos na construção da escola do campo através da arte e da cultura”, sob coordenação da professora Solange Todero Von Onçay, irá potencializar ações pedagógicas, reforçando o vínculo entre universidade e comunidade. “A atividades serão realizadas junto a escolas do campo da região, integrando conhecimento, cultura e arte, e serão vinculadas aos nossos cursos de licenciatura”, completa a professora.
Os três projetos do Campus Laranjeiras do Sul aprovados sem a destinação de recursos foram: “Piscicultura em Sistema de Policultivo na Propriedade Familiar Rural: Processo Produtivo, Qualidade do Ambiente e Comercialização”, do professor Marcos Weingartner, “Programa de capacitação técnica para a produção e aproveitamento de frutas nativas no território Cantuquiriguaçu”, da professora Débora Leitzke Betemps, e “Articulação entre atores sociais e o poder público municipal: construindo dinâmicas entre os atores no território Cantuquiriguaçu/PR”, da professora Anelise Graciele Rambo.
Por Adolfo Vaz
