Na outra, o solo está em fase de preparação e será implementada no sistema “mandala”. Entretanto, as duas têm função similar: servir de campo para atividades práticas dos estudantes.
Horta de Olericultura
Foi implantada por meio de atividade prática do componente curricular Olericultura, ministrada pela professora Cláudia Lima, para os estudantes da 8ª fase do curso de Agronomia. É uma horta composta por 10 canteiros “tradicionais” em formato retangular, manejados de maneira orgânica.
Nos canteiros desta horta o cultivo é consorciado. São cultivadas espécies como melão, melancia, pepino, beterraba e diversas hortaliças. Nesta horta já foi possível colher as primeiras hortaliças. Todo manejo é responsabilidade dos estudantes, os quais recebem orientação da professora Cláudia Lima.
Esta horta foi viabilizada a partir do trabalho e contribuição dos próprios alunos, com a doação de materiais e mudas. Parte das sementes foi doação da empresa Isla.
Horta Mandala
Já a horta mandala tem uma diferença em relação à horta tradicional. É construída em formato circular. Conforme explica a docente Manuela Pereira, “uma das questões que justificam a utilização desse sistema circular é o melhor aproveitamento do espaço”. Cláudia Lima complementa que “tem toda uma visão holística de melhor aproveitamento do solo, dos nutrientes e em termos práticos observamos que tem um melhor aproveitamento da terra, além do consorciamento de culturas, que influencia em menor incidência de doenças, por meio do manejo diferenciado”.
A horta mandala é conhecida também como sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), justamente por ter o propósito de integrar todos os elementos que estão sendo cultivados ou criados nela. Cláudia salienta que “o sistema mandala tem muita coerência com a linha e com a missão da UFFS, que é desenvolver sistemas diversificados que conversem com a agricultura familiar e a sustentabilidade”.
No campus a horta mandala será constituída de um círculo central, no qual estarão caixas d’água, que simulam os lagos ou açudes que existem nas propriedades e ao redor do centro existem três anéis com 4 canteiros cada, tendo quatro pontos de entrada/saída.
Manuela explica que “no centro, inicialmente, serão cultivadas algas e plantas aquáticas (macrófitas) que tem o papel de adubar a horta e, posteriormente, poderá ser inserido o cultivo de peixes. Nesta horta serão cultivadas ainda plantas aromáticas, plantas alimentícias não convencionais e convencionais, plantas medicinais e bioativas – utilizadas para o controle de doenças e insetos que podem se tornar pragas na horta e como repelentes, inibidoras ou atrativas de insetos.
Um dos propósitos da horta é o de que sirva como um herbário vivo, no qual os estudantes, tanto da UFFS como de escolas públicas de Ensino Médio, conheçam e aprendam sobre agroecologia, nutrição e identificação de plantas.
Recursos e colaboradores
O maior montante dos recursos destinados para a implantação das hortas são oriundos do projeto “Consolidação do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica do Território da Cidadania Cantuquiriguaçu (NEA – Cantuquiriguaçu)”, aprovado pelo Edital Nº 522/UFFS/2016 – Edital de Apoio a Programas de Extensão, contemplado pela Chamada Pública MCTI/MAPA/MDA/MEC/MPA/CNPq Nº 81/2013.
Colaboraram na implantação da horta mandala os docentes Aline Fernandes, Bruno Oliveira, Cláudia Lima, Geraldo Oliveira, Josimeiri Leandrini e Manuela Pereira, estudantes voluntários do curso de Agronomia e demais alunos do Campus Laranjeiras do Sul que organizaram um mutirão. Também colaboraram a mestranda Anelize Campos e a egressa Ana Cláudia Rauber, do Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável.
Por assessoria