Segunda, 02 Maio 2016 20:22

Laranjeiras - Conselho municipal da mulher promove promoção da rede de proteção à mulher

A formação da rede de proteção à mulher em todos os ciclos da vida como principal passo de atuação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Laranjeiras do Sul.

 

Um importante encontro de formação por meio de palestra de capacitação e sensibilização da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, proferida especialista no tema, Tenente Luci Belão, foi realizado na última sexta dia 29, em Laranjeiras do Sul.

 

O encontro contou com a participação de agentes da saúde, psicólogos de diversas entidades e agentes das polícias Militar e Civil. Todos foram orientados com relação aos tipos de notificação dos casos de violência, o que não pode ser desvirtuados, sob pena de mascarar os números reais da Violência contra a Mulher, e sobretudo quanto aos sinais de alerta, para que os casos que sinalizem para uma violência doméstica não aparente, sejam investigados, cessados e com aplicação de pena ao causante.

 

A palestrante Luci Belão, orientou o grupo sobre as diversas técnicas de identificação da violência, sendo que o passo principal, segundo ela é o conhecimento pleno das leis que amparam, protegem e incriminam pessoas envolvidas em qualquer tipo de violência, que vão desde a psicológica (intimidação, medo, pressão) até a material (danos ao patrimônio da vítima) e física (agressão, estupro e feminicídio). O Paraná está na 884ª posição, no número de feminicídios. “Isto sem contabilizar municípios como Laranjeiras do Sul, que ainda não notificam sistematicamente os casos de violência contra a mulher, o que certamente nos colocaria num ranking muito mais preocupante”, avalia a palestrante.

 

A palestra com 8 horas de duração, proporcionou o entendimento de diversos aspectos relativos à diversidade sócio educacional, cultural e econômica, com ênfase para os novos modelos de constituição familiar, no sentido de promover a compreensão dos contextos onde a violência ocorre e de reforçar aos agentes o não uso do julgamento, o que chamou de “liga da justiça” e “capa de preconceitos”.

 

“Um aspecto que sempre merece uma consideração a parte é o motivo que leva ao abuso de crianças, arsenal em que as meninas sofrem o maior índice de abusos, sobretudo pela conivência que o abusador encontra na sociedade machista”, ressaltou a palestrante. Ela observa que o entendimento de posse sobre as crianças faz com que “sejamos” mais violentos  com os próprios filhos, o que em proporções de desvio de conduta evoluem para agressão e abuso sexual. “Em geral, batemos nos nossos filhos porque eles são nossos. Pois com os filhos dos outros nos seguramos por saber que seremos responsabilizados de o fizermos. Esse sentimento de propriedade é muito danoso, quando não equilibrado”, acrescenta.

 

Luci dá o exemplo de um comentário muito comum, utilizado para se referir a não aprovação do comportamento do filho do outro, única coisa que impede a intervenção ao modo de cada um, que muitas vezes é violenta. “Ahh se fosse meu filho…”. “O pior é que o espírito de quem abusa é exatamente esse. o sentimento da posse, de que faço o que eu quiser com o que/quem é meu”, reforça.

 

Dentre os pontos estratégicos para viabilizar um sistema organizados de combate a violência contra a mulher, que deve ser preferencialmente preventivo, evitando que essa violência aconteça, Luci enalteceu a importância de setores como a Saúde, Segurança e Educação darem as mão e que nenhum caso escape a descrição adequada dos tipos de violência. “Não dá para identificarmos violência contra a mulher apenas como lesão corporal. A Lei Maria da Penha foi criada exatamente para que possamos dar o devido tratamento aos casos de violência. E para conseguirmos trazer recursos para atendimentos e a Delegacia da Mulher, precisamos dos números exatos que fundamentem esses investimentos”, finalizou.

 

 

 

 

Por Serli Andrade

 

 

 

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