- “Sempre corremos atrás para viabilizar financeiramente essa UTI. Pois, o que é pago pelo SUS não dá para garantir o custo de funcionamento da UTI. Fomos atrás de várias parcerias e conseguimos através do Governo do Estado e do Governo Federal, dois recursos, os quais ainda estão por vir”.
O Governo do Estado vai repassar um incentivo para a instituição através do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná – HOSPSUS. Já o Governo Federal vai repassar através do Incentivo de adesão a Contratualização – IAC. Os recursos não são obrigatoriamente destinados para a UTI, mas sem eles a Instituição não tem condições financeiras de manter a Unidade de Terapia Intensiva funcionando, como relata Dr. Paulo Leal.
- “Esses incentivos poderiam ser usados para pagar as dívidas do hospital, que não são poucas, mas a diretoria e a presidência do instituto se sensibilizaram com a situação da falta de UTI e resolvemos usar esse recurso integralmente para o funcionamento da Unidade de Terapia Intensiva, pois com a ausência destes recursos a instituição não tem como manter a UTI funcionando. Mas nós sabemos da necessidade da UTI e estamos lutando por isso”.
Reconhecimento
Paulo Leal destaca que foi através de muito empenho e dedicação do Instituto São José, em buscar parceiros, fazer campanhas, que a UTI esta se estruturando, e agradece a todos que auxiliaram nesse processo.
- “Gostaria de agradecer o Governo do Estado e o Governo Federal, pelos incentivos. A sociedade laranjeirense, que desde 2010, quando começamos essa construção, tem nos ajudado, contribuindo inclusive com recursos financeiros. A todos os nossos parceiros, como Fundação Itaú, HSBC Solidariedade e Tractebel Energia. A prefeitura de Laranjeiras do Sul que está cedendo alguns profissionais de extrema importância para o funcionamento da UTI”.
Inauguração
A população laranjeirense, assim como o Instituto São José, estão ansiosos para ver a UTI funcionando. Questionamentos são feitos a toda hora, mas ainda há etapas a serem cumpridas.
O Instituto São José realizou no final de Janeiro, teste seletivo para contratação de dezenove profissionais, os quais estão passando por um treinamento como conta Dr. Paulo Leal.
- “Nós fizemos um teste seletivo para contratar enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais necessários à UTI, ainda precisamos selecionar os médicos plantonistas, realizar o treinamento tanto dos médicos quanto dos técnicos e adquirir medicamentos e materiais”.
Praticamente tudo pronto. Mas o entrave ainda continua na parte financeira. O Instituto está aguardando o incentivo do governo.
- “Temos um problema burocrático, porque esse incentivo aos hospitais filantrópicos era para ter vindo desde agosto do ano passado, era para ser pago retroativo em Dezembro, sóque ainda por problemas burocráticos do governo, ainda não foi depositado. Estamos aguardando isso para darmos opontapé inicial na UTI”.
O presidente do Instituto São José finaliza. “Muito em breve nós inauguraremos a nossa UTI em Laranjeiras do Sul”.
Médico intensivista
Pronto para trabalhar e já acomodado em Laranjeiras do Sul, Dr. Arildo trabalha há mais de 20 anos como médico intensivista, coordenou algumas UTI´S em Curitiba, no Hospital Erasto Gaertner, São Vicente e Intensimed.
Dr. Arildo descreve quais foram os pontos preponderantes para vir trabalhar em Laranjeiras do Sul, no Instituto São José.
- “O que me chamou atenção aqui foi em primeiro lugar o Hospital, organizado, bastante comprometido, com as pessoas comprometidas. Segundo a cidade, que prosperou muito nos últimos anos, passei aqui e quase não reconheci a cidade, cresceu bastante, achei um local bom para quem quer se estabelecer no interior do Paraná”.
Com uma vasta experiência em UTI, Dr. Arildo revela que a do Hospital São José não deixa a desejar dos grandes centros de saúde e que a expectativa para a inauguração e grande.
- “Muito bonita e funcional. Bem equipada, com tudo o que necessita para ser uma UTI nível dois - que é a proposta. Estamos no aguardo até termos todas às condições e com os anos prosperar o serviço, que se aumente o número de leitos, que o Hospital tenha possibilidade de desenvolver outros serviços de mais complexidade na medicina”.
Por Juliana Pavlak