A denúncia contra os 33 rebelados que participaram de forma direta nos crimes cometidos na unidade, foi entregue pelo Ministério Público, nesta terça, dia 03, à 3ª Vara Criminal de Cascavel.
“Um processo extenso, com mais de mil páginas, mas que foi analisado tanto por mim, como também pelo promotor Guilherme Carneiro. Acredito que a denuncia deve dar uma resposta a altura que a sociedade merece, pelas atrocidades cometidas no motim”, conta o promotor Eduardo Labruna.
Os promotores apontaram que seis pessoas lideram o motim. Entre elas estão velhos conhecidos da polícia, Anderson Cleiton da Silva (De Menor), Julio Cesar Pereira Gibeti (Pauladinha) e também o ruralista preso pela morte de um policial federal, Alessandro Meneghel.
Além dos três, a promotoria apontou que Washington Presence de Oliveira, Marcio Cassiano da Silva e Douglas Fabiano Deodato, também lideram a rebelião.
“Os líderes podem não ter praticado as atrocidades, mas indicaram quem tinha que morrer e o que tinha que ser feito durante a rebelião. Eles foram os que planejaram toda a ação e executaram o motim”, conta Labruna.
Foram apontados sete crimes cometidos pelos detentos rebelados, são eles: Formação de quadrilha, cinco homicídios, duas tentativas de homicídio, 25 crimes de tortura, dois vilipêndios de cadáver, motim e dano ao patrimônio público.
Os líderes da rebelião, se condenados por todos os crimes, terão penas superiores a 100 anos.
“Somadas, as penas dos indiciados vai ser superior a 100 anos, pois são crimes graves. Claro que agora eles devem constituir advogado e recorrer do processo. Os crimes de homicídio serão levados a júri popular”, explica o promotor.
O juiz deve analisar a denuncia do ministério público para então dizer se a aceita. A decisão de quem vai ser levado á júri deve sair no ano que vem, com o andamento do processo.
“A 3ª Vara Criminal tem a pauta bem adiantada, por isso acredito que no ano que vem, já devamos ter alguma movimentação sobre os denunciados que serão levados à júri”, finaliza. (Com CGN)