Quarta, 04 Fevereiro 2015 10:31

Alessandro Meneghel é apontado por liderar rebelião na PEC

Meneghel é denunciado por liderar rebelião Segundo o Ministério Público, outros cinco presos lideraram a rebelião com o ruralista.

 

Trinta e três denunciados e seis líderes essas foram às conclusões da análise dos promotores sobre o inquérito que apura os crimes cometidos na rebelião da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel). O motim foi o mais violento do Paraná e um dos mais graves do Brasil, segundo a promotoria.

 

A denúncia contra os 33 rebelados que participaram de forma direta nos crimes cometidos na unidade, foi entregue pelo Ministério Público, nesta terça, dia 03, à 3ª Vara Criminal de Cascavel.

 

“Um processo extenso, com mais de mil páginas, mas que foi analisado tanto por mim, como também pelo promotor Guilherme Carneiro. Acredito que a denuncia deve dar uma resposta a altura que a sociedade merece, pelas atrocidades cometidas no motim”, conta o promotor Eduardo Labruna.

 

Os promotores apontaram que seis pessoas lideram o motim. Entre elas estão velhos conhecidos da polícia, Anderson Cleiton da Silva (De Menor), Julio Cesar Pereira Gibeti (Pauladinha) e também o ruralista preso pela morte de um policial federal, Alessandro Meneghel.

 

Além dos três, a promotoria apontou que Washington Presence de Oliveira, Marcio Cassiano da Silva e Douglas Fabiano Deodato, também lideram a rebelião.

 

“Os líderes podem não ter praticado as atrocidades, mas indicaram quem tinha que morrer e o que tinha que ser feito durante a rebelião. Eles foram os que planejaram toda a ação e executaram o motim”, conta Labruna.

 

Foram apontados sete crimes cometidos pelos detentos rebelados, são eles: Formação de quadrilha, cinco homicídios, duas tentativas de homicídio, 25 crimes de tortura, dois vilipêndios de cadáver, motim e dano ao patrimônio público.

 

Os líderes da rebelião, se condenados por todos os crimes, terão penas superiores a 100 anos.

 

“Somadas, as penas dos indiciados vai ser superior a 100 anos, pois são crimes graves. Claro que agora eles devem constituir advogado e recorrer do processo. Os crimes de homicídio serão levados a júri popular”, explica o promotor.

 

O juiz deve analisar a denuncia do ministério público para então dizer se a aceita. A decisão de quem vai ser levado á júri deve sair no ano que vem, com o andamento do processo.

 

“A 3ª Vara Criminal tem a pauta bem adiantada, por isso acredito que no ano que vem, já devamos ter alguma movimentação sobre os denunciados que serão levados à júri”, finaliza. (Com CGN)

 

 

 

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