Enfileirados estão máquinas, caminhões, veículos, equipamentos e restos do que foram bens públicos comprados com o dinheiro público. “É uma vergonha. Recebi o parque de máquinas em situação muito pior do que poderia supor”, lamenta o tucano. Enquanto a comunidade assiste e entende melhor o significado da expressão descaso com o dinheiro do contribuinte, o novo gestor encomenda um inventário para saber, com detalhes, a realidade dos bens públicos do município.
Mesmo sem o resultado final do estudo em mãos, Arrosi estima que serão necessários R$ 1 milhão para recuperar e colocar o parque de máquinas em funcionamento. Sem dinheiro para todas as urgências de uma única vez, o prefeito prioriza reformas e manutenções. “O que puder ser arrumado vamos consertar. O restante, colocaremos à venda em leilão de inservíveis”. A prioridade foi melhorar as ambulâncias e veículos da área da saúde pública. Eram três ambulâncias e só uma rodava. Agora, duas atendem a comunidade. A terceira virou sucata e será vendida.
Aos pedaços
A equipe que faz os primeiros levantamentos no setor já constatou que equipamentos que poderiam ter vida útil longa foram simplesmente encostados. Exemplos são máquina de lavar industrial e autoclave (usado para esterilizar instrumentos cirúrgicos). “Eram seminovos e agora viraram lixo”, diz Adelar Arrosi. Há ainda o caso de um caminhão com três anos de uso que virou uma espécie de “doador” de peças. “E não sabemos onde elas estão”, diz o prefeito. Na sequência, serão consertados ônibus do transporte escolar e depois máquinas e caminhões.
Cenas que já deveria estar no passado ainda são comuns em boa parte dos municípios brasileiros
Por assessoria