Ao chegar na prefeitura, no entanto, descobriram que o material já havia sido encaminhado ao lixão. O Gaeco não desistiu e foi o aterro onde conseguiu localizar cinco pacotes de documentos.
Parte do material está rasgada e parte foi cortada em tiras em uma máquina própria para a destruição de documentos. São pacotes de papéis e o trabalho agora é montar o que foi destruído, como um grande quebra-cabeças.
“Quando descobrimos que o prefeito estava destruindo documentos para suprimir provas agimos imediatamente. A partir deste fato, nada impede que novas prisões sejam decretadas nos próximos dias”, afirma o delegado do Gaeco, Thiago Nóbrega.
O inquérito referente ao caso em Ibema já foi concluído e está nas mãos do Ministério Público que nos próximos dias deve oferecer a denúncia. Para o Gaeco, está comprovado que houve desvios de verba e adulteração da validade dos medicamentos. Também ficou provado que os remédios adulterados estavam sendo entregues à população.
“Na investigação também ficou comprovado o envolvimento do Prefeito. Ele recebia propina mensalmente. Encontramos documentos com a lista de pessoas que recebiam o dinheiro e quanto era a parte de cada uma”, antecipa o delegado.
Estima-se que a fraude tenha desviado R$ 1 milhão. A partir de agora outros dez municípios serão investigados por haver indícios de que também tinham esquemas semelhantes. (Com CGN)