Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil, o médico entrou na UBS Faculdade por volta das 9:40 e ficou no local até 10:19 desta terça. A investigação aponta que o ginecologista trabalhava menos de uma hora por dia, sendo que deveria realizar o atendimento durante três horas. Ao sair da UBS, Franceschi se dirigia até o consultório particular e voltava ao posto de saúde apenas para registrar a saída no fim do expediente.
O funcionário público foi autuado em flagrante por falsidade ideológica e deve ficar detido em prisão temporária até que a Justiça estipule o valor da fiança. Durante o depoimento, Franceschi alegou que ia embora da UBS apenas quando não tinha pacientes no local. No entanto, a polícia contestou a versão do médico, pois a unidade tem uma grande demanda de atendimento e a prática de fraudar o cartão ponto era rotineira.
O médico foi filmado durante a investigação pela Polícia Civil e pela CPI da Saúde, que apura falhas no atendimento público em Cascavel. O presidente da comissão, vereador Gugu Bueno (PR), lembrou que a investigação na Câmara recebeu apoio popular e contou com mais de 600 denúncias, entre elas, a que culminou na prisão de Franceschi.
"Vamos encaminhar a denúncia ao Executivo para pedir a exoneração do servidor e ao Ministério Público para pedir ressarcimento do dinheiro público, já que o médico não trabalhava três horas diárias na UBS", adiantou o vereador.
Por Rafael Fantin (Bonde)