O entorpecente, que pesou 94 quilos, estava na forma mais pura e por isso serviria para que traficantes a dividissem para distribuírem no mercado carioca. Segundo a polícia, a carga é avaliada em R$ 1 milhão.
Os investigadores encontraram o produto ilegal enterrado em tambor e duas bolsas em chácara que fica a 14 quilômetros da área urbana de Corumbá, às margens da BR-262.
Os policias descobriram que os traficantes pretendiam embarcar para Campo Grande nesta quarta dia 03, e depois, seguiriam para o Rio de Janeiro. A apreensão foi na tarde de segunda dia 1º.
Ao jornal Diário Corumbaense, o delegado regional de Corumbá, Gustavo de Oliveira Bueno Vieira, detalhou que a investigação começou há dois meses.
O arrendatário da chácara foi o primeiro a ser preso. No local também havia munições calibre .22. A partir disso, os outros suspeitos, todos eles moradores de Corumbá, foram localizados.
“Nós pegamos aqui pessoas do alto escalão do tráfico de drogas que atuavam há anos”, afirmou ao site Diário Corumbaense. “Trata-se de uma engrenagem criminosa aonde nós tínhamos aquele que era responsável por enterrar a droga, transportar e aqueles que eram os agenciadores do tráfico, como se fossem patrões”, detalhou.
Longa data
O delegado regional confirmou que a quadrilha já atuava na região há tempos e todos tinham passagens policiais por outros crimes. Ele não descarta que mais pessoas devem ser presas.
“O que a gente observa é a divisão de tarefas do tráfico. É típico das organizações criminosas onde parte do grupo não conhece a outra parte, justamente para dificultar o trabalho investigativo", revelou Vieira.
Material farto
Os policiais agora analisarão imagens de circuito interno da chácara e material que está em cinco celulares apreendidos na operação. Um carro também entra na lista de apreensões.
Como desdobramento das prisões, em uma casa onde foi feita averiguação, estava caderno com anotações do esquema do tráfico.
“Esse caderno menciona nomes, valores, inclusive em dólares, tivemos apreensão de celular com diversos contatos bolivianos. Um desses pontos da contabilidade menciona um indivíduo que foi preso, responsável por transportar essa droga da casa até o sítio em mais de uma oportunidade”, disse o delegado Sam Suzumura, que atuou no caso.
O delegado em Ladário, Fernando Araújo, participa da investigação porque há suspeita que propriedade rural no município seria usada para esconder a droga a ser levada para fora de Mato Grosso do Sul. (Com Correio do Estado)