Terça, 21 Junho 2016 13:41

No Paraná, Polícia Federal cumpre a 3ª fase da Operação Pecúlio

A Polícia Federal (PF) cumpre a 3ª fase da Operação Pecúlio, que investiga irregularidades em processos licitatórios de prestação de serviços e realização de obras para a prefeitura de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na manhã desta terça dia 21.

 

Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão.

 

Até as 11h, uma pessoa tinha sido presa em flagrante por posse ilegal de arma e oito dos nove mandados de prisão tinham sido cumpridos. Uma pessoa permanecia foragida, mas a PF não informou de quem se trata. Entre os detidos estão o ex-secretário da Saúde Charles Bortolo e o atual, Gilber da Trindade Ribeiro. Veja a lista com os nomes abaixo.

 

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas secretarias de Saúde e da Fazenda, no departamento de Máquinas e em empresas que prestam serviços à Prefeitura de Foz do Iguaçu.

 

As investigações apontam indícios de ingerência de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à prefeitura com quantias milionárias de recursos públicos federais como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros como o Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Levantamentos iniciais feitos pela Controladoria-Geral da União (CGU) indicam que os prejuízos com contratos fraudulentos chegam a R$ 4 milhões. E, na conclusão do inquérito da PF, 40 pessoas foram indiciadas.

 

 

Resumo da 3ª fase

 

– Objetivo: combater irregularidades em processos licitatórios de prestação de serviços na prefeitura de Foz do Iguaçu

 

– Mandados judiciais: 9 de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão

 

– Mandados de prisões preventivas expedidos:

 

Marli Terezinha Telles, diretoria de gestão em Saúde.

 

Valter Martin Schroeder Júnior, da secretaria da Fazenda.

 

Valter Martin Schroeder, da secretaria da Fazenda.

 

Charles Bortolo, ex-secretário da Saúde.

 

Evori Roberto Patzlaff - ex-secretário de Obras.

 

Luiz Carlos Alves, da secretaria da Fazenda.

 

Girnei de Azevedo, da secretaria de Obras.

 

Gilber da Trindade Ribeiro, atual secretário de Saúde.

 

Reginaldo da Silveira Sobrinho, técnico de radiologia da secretaria da Saúde.

 

- Prisões em flagrante - uma, por posse ilegal de arma.

 

 

Outro lado

 

A defesa de Charles Bortolo informou que ainda não vai se pronunciar sobre o cumprimento do mandado de prisão. O advogado Luiz Eduardo da Silva disse que só vai se manifestar após ter acesso aos autos. 

 

O advogado de Evori Roberto Patzlapp também não vai comentar a prisão. A defesa de Reginaldo da Silveira Sobrinho declarou que ainda  não tem conhecimento sobre os motivos da prisão e, por enquanto, não vai se pronunciar. 

 

A defesa de Gilber da Trindade Ribeiro, atual secretário de Saúde de Foz do Iguaçu, só vai se pronunciar após ter acesso aos autos.

 

A Prefeitura de Foz do Iguaçu deve se pronunciar apenas na conclusão desta etapa da operação da Polícia Federal.

 

 

 

Etapas anteriores

 

Um dos alvos de condução coercitiva na primeira fase, que foi deflagrada no dia 19 de abril, foi o prefeito da cidade, Reni Pereira (PSB). Após prestar depoimento, ele foi liberado.

 

Nesta segunda dia 20, a Justiça Federal mandou soltar duas pessoas suspeitas de participar de um esquema - o empresário Nilton Beckers e o ex-diretor de pavimentação da prefeitura, Aires Silva.

 

Beckers foi detido ainda na primeira etapa da operação. Ele estava detido na Delegacia de São Miguel do Iguaçu, cidade vizinha, onde funcionavam empresas suspeitas de participar da fraude em Foz.

 

Já Silva estava detido em Foz do Iguaçu, na carceragem da Polícia Federal. Ele estava preso desde o dia 3 de maio deste ano, quando foi deflagrada a segunda fase da operação. (Com G1)

 

 

 

Veja também:

Entre para postar comentários