A estudante Taís Cristina Martins teria sido agredida por duas jovens, de 15 e 18 anos, suspeitas de cometer o crime. Segundo a polícia, Taís teria se envolvido com o namorado de uma das garotas vingança – o motivo do crime seria vingança.
De acordo com as investigações, a vítima foi atraída para uma emboscada: as amigas levaram Taís para um terreno próximo à Usina de Itaipu, vizinho ao bairro onde moravam, onde foi golpeada com pedras na cabeça. Ela morreu no local.
Horas depois, quando o corpo foi encontrado em um córrego que corta o terreno, as duas garotas quase foram linchadas pela população local. Um policial que investigava o crime conseguiu impedir o espancamento atirando para o alto. "Ele ( o policial) estava chegando à casa de uma delas (as suspeitas) e já tinha gente espancando as garotas. Dando chutes e socos", afirmou o delegado Alexandre Marconi.
O delegado relata que nos minutos seguintes cerca de 300 pessoas cercaram a residência de uma das garotas. Foi preciso esperar a Tropa de Choque chegar ao local para que elas pudessem ser conduzidas para a delegacia, onde prestaram depoimento e confessaram o crime. As duas foram detidas em flagrante e responderão à acusação de homicídio qualificado. Como uma delas é menor, o destino deverá ser internação por no máximo três anos.
Segundo o delegado da Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, Marcos Araguari, Jéssica Culodel, de 18 anos, afirmou que Taís foi agredida repetidamente com pedras. Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) comprovam, segundo Araguari, que a morte foi provocada pelo apedrejamento.
Segundo a mãe de Taís, a garota morava na casa da avó, no Jardim Canaã, periferia da cidade, e estava sob a guarda do pai. "Ela estava fora havia dois dias, e o ele [pai] não me avisou que ela tinha sumido." (Com Estadão Conteúdo)