Sábado, 18 Janeiro 2014 01:32

Porto de Paranaguá se prepara para receber e escoar a nova safra

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) já se prepara para garantir tranquilidade no escoamento da nova safra 2013/2014, que deverá alcançar volume recorde.

 

Os preparativos envolvem, além de atenção e controle do fluxo de caminhões nas vias de acesso, também o monitoramento no mar, em relação ao número de navios que já começam a se posicionar para receber a soja, a partir deste mês.

 

De acordo com o superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, durante todo o ano de 2013 o Porto de Paranaguá recebeu mais de 388 mil caminhões carregados de grãos - soja, milho e farelo. O número de veículos foi quase 10% maior que a registrado em 2012.

 

“Mesmo tendo aumentado o fluxo de caminhões nas rodovias de acesso ao Porto de Paranaguá e, consequentemente, nas vias internas que levam aos terminais, conseguimos manter o controle e a organização aos quais nos propusemos no início do ano. Em 2014, com a safra que se aproxima, queremos, além de continuar mantendo o trânsito ordenado, manter a cidade mais limpa”, afirma.

 

Segundo Dividino, a importância de cuidar da limpeza das vias de acesso é um dos itens que será abordado da nova campanha de escoamento da safra 2013/2014, que está sendo delineada junto com os terminais que operam no Porto de Paranaguá. Além deste tema, o novo plano trata do aperfeiçoamento dos procedimentos logísticos das operações dos graneis sólidos de exportação.

 

“Estamos fazendo um verdadeiro mutirão para essa super safra que se aproxima. Por iniciativa própria, como nenhum outro porto vem fazendo, porque acreditamos que o volume a ser exportado este ano será bem maior. Com essa grande campanha, nossa ideia é não apenas melhorar a produtividade e ampliar os volumes exportados, mas, também, melhorar as condições de operação para garantir aos exportadores os maiores prêmios positivos do Brasil, como sempre foram os de Paranaguá”, disse o superintendente.

 

MONITORAMENTO - Atualmente, dos 56 navios que aguardam para atracar nos Portos do Paraná, 27 estão para carregar grãos (26 deles no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá). Porém, a maioria das embarcações aguarda a soja e ainda não tem carga plena. Enquanto a soja, que é o principal grão de exportação nesta época do ano, não chega de maneira consistente, a manutenção do complexo está sendo concluída.

 

“Estamos monitorando a programação dos navios, principalmente para verificar o andamento das regras de operação que entraram em vigor no dia 1º de janeiro”, diz Dividino. Ele explica que o último berço do complexo está ainda em fase final de manutenção. “Enquanto isso, mantemos diálogo com os operadores. Já temos três reuniões pré-agendadas com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais”, conclui o superintendente.

 

16 MILHÕES DE TONELADAS - De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, o Brasil deve colher e, 2013/2014 uma safra de 90,33 milhões de toneladas de soja - quase 11% a mais que o volume colhido na safra anterior. Desse total, mais da metade é destinada à exportação. O Paraná, segundo Estado produtor do país, depois do Mato Grosso, deve colher cerca de 16,5 milhões de toneladas do produto, destinando aproximadamente a mesma porcentagem do país para o comércio exterior.

 

Como o Paraná é o principal Estado de origem dos grãos exportados pelo Porto de Paranaguá, a estimativa dos operadores portuários é que o volume de soja exportado este ano se aproxime a 10 milhões de toneladas. “Temos potencial para esse crescimento. Temos condições plenas de continuar e até passar do índice de 20% de crescimento no volume de soja exportado”, comenta o gerente da Interalli, Washington Viana. “Com esses ajustes e adequações dos níveis de produtividade muito interessantes, aplicados pela Appa, estamos caminhando para isso. Em janeiro, teremos uma antecipação da chegada da soja, em fevereiro os volumes do produto chegando em Paranaguá devem ser grandes. Este ano, devemos seguir num ritmo intenso na movimentação até outubro”, afirma ele. (AEN)

 

 

 

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