Os números representam aumentos de 30%, 48% e 95%, respectivamente, em relação à média de atendimento dos demais meses deste ano. Inaugurado em 2010, o hospital foi vinculado ao curso de Medicina da UEPG em junho deste ano, passando à condição de Hospital Universitário.
O número de atendimentos também cresceu nos outros três hospitais universitários mantidos pelo Estado do Paraná. O HU de Londrina, por exemplo, realizou no último mês cerca de 300 consultas a mais do que a média mensal do ano passado. No Hospital Universitário de Maringá (HUM), do começo do ano até o fim de outubro o número de internações aumentou em 285 com relação ao mesmo período do ano passado. Já no Hospital do Oeste do Paraná (Huop) de janeiro a outubro deste ano foram realizadas quase 80 cirurgias eletivas a mais do que em 2012.
“Não tenho dúvida do que representa para a comunidade um hospital com qualidade. A UEPG já está demonstrando sua capacidade, com trabalho e dedicação, assim como já acontecia com os demais hospitais universitários. Essas instituições são importantes nas duas pontas – no atendimento à população e na formação dos profissionais”, avalia o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.
UEPG – Com 504 servidores, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais é o maior hospital público da região. São 110 leitos ativos, além de quatro salas cirúrgicas. O hospital atende também nas áreas de Neurologia, Infectologia e Ginecologia. Recentemente o Governo do Estado ampliou a rede de atendimentos especiais de saúde com a entrega de mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal – agora são 16, além de quatro leitos destinados à Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCI). A UTI normal oferece mais 12 leitos.
A gestante Ana Angélia Fagundes Scharneski, que tem gravidez considerada de alto risco, diz ter ficado satisfeita por ter sido transferida para o hospital da UEPG – ela era atendida na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, e seu médico mudou de hospital. A mudança de hospital, que poderia gerar problemas, trouxe alívio. “O sistema de atendimento na recepção é rápido, logo fui encaminhada para o ambulatório. Na minha cidade (Ipiranga) não há estrutura para o acompanhamento da gravidez de alto risco. Aqui me sinto mais segura. Sei que se for necessário terei o atendimento especializado, para mim e meu filho”.
ESTRANGEIROS – Como único hospital público das Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, com 100% de seus leitos destinados a pacientes do SUS, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) chega a atender muitos pacientes estrangeiros, principalmente da Argentina e do Paraguai. Em sua área de atuação estão cerca de 2 milhões de habitantes, incluindo o Paraná e o Mato Grosso do Sul.
O hospital da Unioeste conta com 165 leitos, ambulatórios de especialidades, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTI adulto, pediátrica e neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), pronto-socorro, diagnóstico por imagem (hemodinâmica, tomografia computadorizada, mamografia, ecografia, endoscopia e eletrocardiograma), serviço de radiologia e também Banco de Leite Humano. No ano passado o hospital realizou quase 12 mil internamentos, sendo 8.924 de moradores de Cascavel e 2.742 de moradores de cidades vizinhas.
O Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Craniofaciais (Ceapac) do Huop trabalha em cooperação com o chamado Centrinho, o hospital de referência no tratamento de pacientes com fissuras labiopalatais, de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (USP), localizado em Bauru.
Apesar do pouco tempo de atuação, o Ceapac, que conta com uma equipe multiprofissional, composta por dentistas, médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais, já está desempenhando importante papel na recuperação de fissurados. “Com esforço e dedicação buscamos nos transformar num hospital de referência nesse tratamento”, diz o coordenador do Ceapac, professor Amadeu Tomasin Neto.
UEL – Desde sua inauguração em 1994, o Hospital Universitário de Londrina, mantido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), oferece atendimento serviço bio-psico-social à população de toda a região. Hoje são 313 leitos, 115 salas de consultas no Ambulatório do Hospital das Clínicas e sete salas cirúrgicas. No ano passado o hospital realizou 146.785 consultas e atendeu a mais de 35 mil consultas de emergência no pronto-socorro. O HU ainda realizou quase 12 mil internações, aproximadamente 900 partos e cerca de 9 mil cirurgias.
De todos os procedimentos realizados, mais de 150 mil pacientes foram da cidade de Londrina e quase 55 mil de outros municípios. O hospital oferece atendimento completo aos necessitados: desde as de enfermagem; fisioterapia; fonoaudiologia; nutrição e dietética; odontologia; psicologia e serviço social.
No mês de outubro deste ano, o hospital registrou aproximadamente 11 mil consultas ambulatoriais, quase 3 mil consultas de pronto-socorro, cerca de mil internações, 86 partos, 709 cirurgias.
MARINGÁ – No próximo ano, o hospital da Universidade Estadual de Maringá (UEM) será o primeiro do país a ter um centro específico com mamógrafo digital com atendimento gratuito. A instituição vai contar com mais uma unidade, que terá um mamógrafo digital. A Unidade da Mama será capaz de identificar nódulos em casos suspeitos com rapidez e precisão, pois permite marcar lesões não palpáveis por computador e proceder à biópsia do tecido lesado. Em breve o mesmo serviço deverá ser oferecido em Cascavel e Londrina.
O Hospital Universitário Regional de Maringá foi inaugurado em 28 de outubro de 1988 e começou a operar em 20 de janeiro de 1989. Ao longo desses mais de 20 anos de vida, tem passado por constantes reformulações, expandindo e adaptando-se rumo à uma consolidação como instituição voltada para o ensino, pesquisa e assistência.
No ano passado o pronto atendimento do hospital atendeu em média 3.098 pessoas por mês, somando um total de 37.173. Já o ambulatório realizou 35.345 atendimentos durante o ano. O hospital ainda fechou 2012 com um total de quase 9 mil internações e mais de 3 mil cirurgias.
Do começo deste ano até o fim de outubro o hospital realizou 31.251 pronto atendimentos e mais de 30 mil consultas ambulatoriais, 7.774 internações e quase 28 mil cirurgias. (AEN)