Segunda, 09 Dezembro 2013 23:34

Hospitais universitários so Paraná se especializam e batem recorde em atendimentos

Em outubro deste ano o número de consultas, cirurgias e tomografias realizadas no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais bateu recorde.

 

Os profissionais do hospital, que faz parte da Universidade Estadual de Ponta Grosa (UEPG), foram responsáveis por 2.957 consultas, 159 cirurgias e 435 tomografias.

 

Os números representam aumentos de 30%, 48% e 95%, respectivamente, em relação à média de atendimento dos demais meses deste ano. Inaugurado em 2010, o hospital foi vinculado ao curso de Medicina da UEPG em junho deste ano, passando à condição de Hospital Universitário.

 

O número de atendimentos também cresceu nos outros três hospitais universitários mantidos pelo Estado do Paraná. O HU de Londrina, por exemplo, realizou no último mês cerca de 300 consultas a mais do que a média mensal do ano passado. No Hospital Universitário de Maringá (HUM), do começo do ano até o fim de outubro o número de internações aumentou em 285 com relação ao mesmo período do ano passado. Já no Hospital do Oeste do Paraná (Huop) de janeiro a outubro deste ano foram realizadas quase 80 cirurgias eletivas a mais do que em 2012.

 

“Não tenho dúvida do que representa para a comunidade um hospital com qualidade. A UEPG já está demonstrando sua capacidade, com trabalho e dedicação, assim como já acontecia com os demais hospitais universitários. Essas instituições são importantes nas duas pontas – no atendimento à população e na formação dos profissionais”, avalia o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.

 

UEPG – Com 504 servidores, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais é o maior hospital público da região. São 110 leitos ativos, além de quatro salas cirúrgicas. O hospital atende também nas áreas de Neurologia, Infectologia e Ginecologia. Recentemente o Governo do Estado ampliou a rede de atendimentos especiais de saúde com a entrega de mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal – agora são 16, além de quatro leitos destinados à Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCI). A UTI normal oferece mais 12 leitos.

 

A gestante Ana Angélia Fagundes Scharneski, que tem gravidez considerada de alto risco, diz ter ficado satisfeita por ter sido transferida para o hospital da UEPG – ela era atendida na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, e seu médico mudou de hospital. A mudança de hospital, que poderia gerar problemas, trouxe alívio. “O sistema de atendimento na recepção é rápido, logo fui encaminhada para o ambulatório. Na minha cidade (Ipiranga) não há estrutura para o acompanhamento da gravidez de alto risco. Aqui me sinto mais segura. Sei que se for necessário terei o atendimento especializado, para mim e meu filho”.

 

ESTRANGEIROS – Como único hospital público das Regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, com 100% de seus leitos destinados a pacientes do SUS, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) chega a atender muitos pacientes estrangeiros, principalmente da Argentina e do Paraguai. Em sua área de atuação estão cerca de 2 milhões de habitantes, incluindo o Paraná e o Mato Grosso do Sul.

 

O hospital da Unioeste conta com 165 leitos, ambulatórios de especialidades, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTI adulto, pediátrica e neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), pronto-socorro, diagnóstico por imagem (hemodinâmica, tomografia computadorizada, mamografia, ecografia, endoscopia e eletrocardiograma), serviço de radiologia e também Banco de Leite Humano. No ano passado o hospital realizou quase 12 mil internamentos, sendo 8.924 de moradores de Cascavel e 2.742 de moradores de cidades vizinhas. 

 

O Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Craniofaciais (Ceapac) do Huop trabalha em cooperação com o chamado Centrinho, o hospital de referência no tratamento de pacientes com fissuras labiopalatais, de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (USP), localizado em Bauru.

 

Apesar do pouco tempo de atuação, o Ceapac, que conta com uma equipe multiprofissional, composta por dentistas, médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros e assistentes sociais, já está desempenhando importante papel na recuperação de fissurados. “Com esforço e dedicação buscamos nos transformar num hospital de referência nesse tratamento”, diz o coordenador do Ceapac, professor Amadeu Tomasin Neto.

 

UEL – Desde sua inauguração em 1994, o Hospital Universitário de Londrina, mantido pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), oferece atendimento serviço bio-psico-social à população de toda a região. Hoje são 313 leitos, 115 salas de consultas no Ambulatório do Hospital das Clínicas e sete salas cirúrgicas. No ano passado o hospital realizou 146.785 consultas e atendeu a mais de 35 mil consultas de emergência no pronto-socorro. O HU ainda realizou quase 12 mil internações, aproximadamente 900 partos e cerca de 9 mil cirurgias.

 

De todos os procedimentos realizados, mais de 150 mil pacientes foram da cidade de Londrina e quase 55 mil de outros municípios. O hospital oferece atendimento completo aos necessitados: desde as de enfermagem; fisioterapia; fonoaudiologia; nutrição e dietética; odontologia; psicologia e serviço social.

 

No mês de outubro deste ano, o hospital registrou aproximadamente 11 mil consultas ambulatoriais, quase 3 mil consultas de pronto-socorro, cerca de mil internações, 86 partos, 709 cirurgias.

 

MARINGÁ – No próximo ano, o hospital da Universidade Estadual de Maringá (UEM) será o primeiro do país a ter um centro específico com mamógrafo digital com atendimento gratuito. A instituição vai contar com mais uma unidade, que terá um mamógrafo digital. A Unidade da Mama será capaz de identificar nódulos em casos suspeitos com rapidez e precisão, pois permite marcar lesões não palpáveis por computador e proceder à biópsia do tecido lesado. Em breve o mesmo serviço deverá ser oferecido em Cascavel e Londrina. 

 

O Hospital Universitário Regional de Maringá foi inaugurado em 28 de outubro de 1988 e começou a operar em 20 de janeiro de 1989. Ao longo desses mais de 20 anos de vida, tem passado por constantes reformulações, expandindo e adaptando-se rumo à uma consolidação como instituição voltada para o ensino, pesquisa e assistência.

 

No ano passado o pronto atendimento do hospital atendeu em média 3.098 pessoas por mês, somando um total de 37.173. Já o ambulatório realizou 35.345 atendimentos durante o ano. O hospital ainda fechou 2012 com um total de quase 9 mil internações e mais de 3 mil cirurgias.

 

Do começo deste ano até o fim de outubro o hospital realizou 31.251 pronto atendimentos e mais de 30 mil consultas ambulatoriais, 7.774 internações e quase 28 mil cirurgias. (AEN)

 

 

 

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