“Mas se [Pabllo] inventar de sair na rua ou nas escolas, eu vou prender. Mesmo que depois eu seja preso por abuso de autoridade. Eu não vou deixar uma pessoa dessas entrar nas escolas e ensinar diversidade sexual para as crianças”, declarou.
A comissão da OAB-PG afirma que as declarações do vereador são LGBTfóbicas e que, “até que se provem o contrário”, se constituem crime, “uma vez que tal parlamentar se utilizou de suas convicções pessoais e preconceituosas sobre a contratação do evento artístico”.
“Lutamos diariamente para evitar que o preconceito chegue a violência e seja erradicado. Pedimos o mínimo de respeito pela comunidade LGBT. Tais declarações só fortalecem o discurso de ódio e segregação que a comunidade LGBT enfrenta. Termos uma personalidade da comunidade LGBT em evidência nacional é de muito orgulho. Após os eventos recentes acontecidos na nossa cidade, que culminou até na morte de um homossexual, nos admira que um representante do povo profira palavras de ódio para um ser humano. Independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero, raça ou religião o mínimo que devemos ter como ser humano é o respeito ao próximo”, diz a nota oficial.
A comissão da OAB-PG ainda lembrou que Ezequiel Bueno é o mesmo parlamentar que barrou recentemente a inclusão da discriminação de gênero e orientação sexual no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, alegando que essa questão estava “sanada”. O vereador barrou também a discussão de identidade de gênero e orientação sexual nas escolas. “Tal parlamentar representa o preconceito e retrocesso que a comunidade pontagrossense LGBT luta diariamente. Por fim, por conta dessas situações de retrocesso e preconceito é que nós enquanto Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero trabalhamos em prol da comunidade LGBT”, finaliza, em nota. (Com A Rede)