Essa alta contrasta com o momento atual da economia. Segundo pesquisa da Fecomercio-PR de julho, 88,7% das famílias paranaenses já tinham algum tipo de dívida, média mais alta que a nacional — 56,4%.

Na Baragão Veículos, a alta nos financiamentos neste ano comparado com 2016 fica até acima do estimado pelo levantamento da B3, garante o empresário Adevaldo Baragão.

“O preço do carro zero está alto demais e o carro usado está num preço excelente, com financiamento muito fácil de ser aprovado, até por conta do momento. Por isso, deu uma melhorada”, aponta ele.

Já Edson Magnett, sócio-proprietário da Magnett Automóveis, aponta que o crescimento no volume de negócios sinaliza para uma recuperação do setor, que vinha em queda desde 2014.

“Tivemos uma queda forte, de mais de 30%, entre 2009 e 2011, com a crise econômica mundial. A situação melhorou até 2014 e recuperamos uns 20% do faturamento, mas com a crise política tivemos até o ano passado um novo encolhimento, na faixa de 15%. Agora começa a recuperar”, explica.

Até 2014, o paranaense, segundo o estudo “Connected Car Industry Report”, era o que mais trocava de veículo no mundo, fazendo isso a cada 1,7 ano. Hoje, o tempo médio subiu um pouco, mas a troca de veículos ainda é frequente. “Geralmente trocam de veículo a cada dois, três anos. Aí, na hora de financiar, o mais comum é optarem pelo pagamento em 36 ou 48 vezes, mas principalmente em 48 vezes”, diz Adevaldo Baragão. (Com Bem Paraná)