No período analisado, somente 2013 teve mais atendimentos, com 61.182.
Segundo Claudia Silvano, diretora do Procon-PR, a alta na procura pelo órgão é um reflexo direto da situação econômica que vive o país e do alto índice de endividamento da população.
“Estamos vivendo um tempo em que o consumidor tem procurado muito o Procon para questionar dívidas. Nunca vimos algo como isso, o que se explica pela crise que o país está passando“, afirma.
“É muito grande o número de consumidores que recebemos querendo negociação. É algo que vem ocorrendo numa propoção inédita”, complementa.
Não é de se surpreender, então, que entre os assuntos mais recorrentes nas reclamações apareçam os bancos comerciais em segundo lugar, enquanto o item “cartão de crédito” aparece na quinta colocação. Com relação aos problemas, a cobrança indevida lidera.
Ainda segundo o Procon, telefonia e bancos são os dois setores que mais incomodam os consumidores. “E isso já há algum tempo que são os maiores ofensores, neste momento por conta do endividamento”, emenda Claudia Silvano.
Se o principal tipo de atendimento que a instituição presta ainda é aquela preliminar, ou seja, o consumidor buscando orientações, querendo saber quais seus direitos e como levar adiante uma reclamação, com 19 mil atendimentos no período analisado neste ano, na sequência a lista é completamente dominada pelos dois segmentos.
Em segundo lugar, por exemplo, aparece o banco comercial como assunto mais recorrente (3.686 casos). telefonia fixa (3.595) e telefonia celular (3.307) aparecem na sequência, seguidos por questionamentos envolvendo o cartão de crédito (2.162).
Compras online dão dor de cabeça
Se bancos e empresas de telefonia são os “campeões” em reclamações no Procon, por outro lado também apresentam um bom índice de acordos fechados com o consumidor via Procon, em geral acima dos 50%, as compras online. Nesse sentido, então, o grande problema que os consumidores encontram é na hora de resolver questões envolvendo o e-commerce. Grandes grupos de vendas aparecem na lista, que pode ser visualizada no portal Procon-PR em números.
Segundo Claudia Silvana, um fato que dificulta a resolução de problemas envolvendo o comércio online é o número de fornecedores envolvidos no negócio. “Normalmente são contratações que envolvem mais de um fornecedor. Se pega uma telefonia, um banco, é só um fornecedor”, explica. (Com Bem Paraná)