O desempenho paranaense também foi bem melhor do que o do Brasil, que teve um recuo de 4,4% na atividade na mesma base de comparação.
Em maio, houve alta de 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 0,5% na comparação com abril (na série com ajuste sazonal).
PIOR PASSOU
Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), lembra que o setor de serviços é conhecido por ser o último a entrar em recessão e também por ser o último a sair dela. “Por isso, essa melhora consistente dos números do setor no Estado é tão importante. É um indicativo de que o pior da crise já passou”, afirma ele.
PARTICIPAÇÃO
Suzuki Júnior ressalta que, se mantida a tendência, o setor de serviços deve ter papel relevante na retomada da economia do Estado em 2017. O setor de serviços responde, sozinho, por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. “É um setor que prepondera na maioria das economias desenvolvidas. Aqui, ele é intensivo em mão de obra, por isso a melhora da atividade deve provocar, nos próximos meses, uma recuperação ainda maior do emprego no setor”, diz Suzuki Júnior.
EMPREGO
No primeiro semestre, o setor foi o que mais criou empregos com carteira assinada no Estado, com a abertura de 12,5 mil vagas, já descontadas as demissões, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
TRANSPORTE
O grande destaque nos números do setor no Estado foram os serviços de transporte, principalmente de cargas, por conta da boa safra agrícola. De janeiro a maio, os serviços de transporte, auxiliares e de correio registraram alta de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com o Suzuki Júnior, a demanda doméstica vem reagindo, o que ajuda a explicar, por exemplo, o crescimento nos serviços prestados às famílias, que cresceram 5,6% na mesma base de comparação. Essa atividade foi influenciada, principalmente, por serviços de hotéis e restaurantes.
Serviços profissionais, administrativos e complementares – como contadores, advogados e arquitetos, dentre outros - tiveram avanço de 3,7%. Já as atividades prestadas de informação e comunicação tiveram queda de 3,6%. (Com AEN)