Até maio, a vacina estava disponível apenas para meninos entre 12 e 13 anos, além de meninas de 9 a 14 anos e pessoas com HIV entre 9 e 26 anos.
A expansão ocorre num momento em que o Ministério da Saúde ainda se depara com uma baixa adesão à campanha e resistência à vacina. Para se ter uma ideia, este ano foram vacinados 16,5% dos meninos entre 12 e 13 anos. A taxa de cobertura entre meninas entre 2014 e maio deste ano é de 45,1%, bem abaixo da meta, que é imunizar 80% do público-alvo.
"Temos um grande caminho a percorrer para que possamos mudar esse quadro", afirma a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues. Ela observa que o problema é enfrentado em todo o País. "Não é um problema pontual. Não é dificuldade de acesso. Todos têm de estar engajados nessa luta", completou.
Formas de transmissão
O HPV é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas ou por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para o filho no momento do parto. Até o ano passado, a vacina estava disponível apenas para meninas entre 9 e 13 anos. A partir deste ano, a indicação foi ampliada para garotas de até 14 anos.
A vacina ofertada no SUS para os garotos é quadrivalente, a mesma que, desde 2014, é oferecida para as meninas. O imunizante protege contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18) e possui 98% de eficácia.
Entre meninos, a vacina tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. De acordo com a pasta, os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Mais de 90% dos casos de câncer anal têm origem na infecção pelo HPV. (Com JdeB)