Terça, 11 Julho 2017 15:38

Em junho, IBGE prevê safra de grãos 30,1% maior que a do ano passado

A estimativa de junho de 2017 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou a 240,3 milhões de toneladas, com alta de 30,1% em relação à obtida em 2016 (184,7 milhões de toneladas), um aumento de 55,6 milhões de toneladas.

 

A estimativa da área a ser colhida (61,0 milhões de hectares) subiu 7,0% frente à área colhida em 2016 (57,1 milhões de hectares). São esperados recordes na produção da soja (114,8 milhões de toneladas) e do milho (97,7 milhões de toneladas).

 

Em relação a 2016, houve acréscimos de 2,3% na área a ser colhida da soja, de 17,7% no milho e 3,6% no arroz. Já a produção subiu 19,5% para a soja, 14,9% para o arroz e 53,5% para o milho.

 

Em relação às estimativas de maio, a produção aumentou 1,7 milhão de toneladas (0,7%) e a área cresceu 117,4 mil hectares (0,2%). O arroz, o milho e a soja, principais produtos deste grupo, representaram, juntos, 93,5% da estimativa da produção e 87,8% da área a ser colhida.

 

Comparando-se as estimativas de maio e junho, os destaques foram: amendoim 1ª safra (26,2%), cebola (5,7%), batata-inglesa 2ª safra (4,5%), batata-inglesa 3ª safra (2,3%), batata-inglesa 1ª safra (1,6%), milho 2ª safra (1,3%), soja (0,8%), milho 1ª safra (-0,4%), feijão 3ª safra (-1,4%), feijão 2ª safra (-3,9%) e amendoim 2ª safra (-54,3%).

 

AMENDOIM (em casca)

 

A estimativa de junho, para a safra nacional 2017, informa uma área a ser colhida de 149,4 mil hectares, com uma produção de 541,2 mil toneladas e um rendimento médio 3.622 kg/ha, maiores, respectivamente, em 8,8%, 21,3% e 11,4%, quando comparados aos dados do mês anterior. A região Sudeste é responsável por 94,3% da produção nacional.

 

São Paulo, maior produtor do país, com 92,5% de participação no total nacional, obteve uma estimativa de produção de 500,8 mil toneladas, numa área a ser colhida de 130,1 mil hectares e um rendimento médio de 3.851 kg/ha, maiores, respectivamente, em 23,5%, 10,1% e 12,1%, quando comparados aos dados do mês anterior.

 

As condições climáticas favoráveis e o aumento do plantio do amendoim em áreas de renovação da canaviais antigos foram fundamentais para o aumento da produção.

 

BATATA-INGLESA

 

A estimativa da produção de batata-inglesa deve alcançar 4,1 milhões de toneladas este ano, aumento de 2,6% em relação ao mês anterior. A área plantada e a área a ser colhida apresentam aumento de 1,9%, enquanto que o rendimento médio apresenta crescimento de 0,6%.

 

Cultivada em três épocas distintas no Brasil: verão (1ª safra), outono (2ª safra) e inverno (3ª safra), as lavouras exigem clima ameno, boa disponibilidade de água durante o ciclo e rigoroso controle de pragas e doenças.

 

A estimativa da produção da 1ª safra é de 2,0 milhões de toneladas, aumento de 1,6% em relação ao mês anterior. A estimativa da 2ª safra alcança uma produção de 1,2 milhão de toneladas, aumento de 4,5%. Para a 3ª safra, a produção estimada é de 909,2 mil toneladas, aumento de 2,3%.

 

CEBOLA

 

A estimativa da produção da cebola alcançou 1,7 milhão de toneladas, aumento de 5,7% em relação ao mês anterior.  Embora a área plantada e a área a ser colhida tenham apresentado retração de 0,5%, o rendimento médio aumentou 6,1%.

 

Ao todo, o País deve produzir 90,6 mil toneladas a mais que o previsto em maio. Em Santa Catarina, maior produtor de cebola do País, com participação de 30,1% do total nacional em 2017, o clima tem beneficiado as lavouras. Em Santa Catarina, o rendimento médio foi reavaliado, tendo passado de 22.057 kg/ha para 24.661 kg/ha, aumento de 11,8%, apesar de ter reduzido a área plantada e a área a ser colhida em 1,6%.

 

A produção esperada em 2017 deve alcançar 509,4 mil toneladas, com aumento de 10,0% em relação ao mês anterior. A Bahia, segundo maior produtor do país com participação de 17,7% no total nacional em 2017, aguarda uma produção de 299,4 mil toneladas, retração de 0,3% em relação ao mês anterior.

 

Goiás, outro importante produtor de cebola, teve sua produção também reavaliada, tendo passado a 135,3 mil toneladas, aumento de 30,2% em relação ao mês anterior. Apesar de uma redução de 5,4% na área plantada e na área a ser colhida, o rendimento médio foi revisto com crescimento de 37,7%, reflexo das boas condições climáticas que neste ano têm proporcionado aumento dos volumes dos mananciais disponíveis para irrigação.

 

FEIJÃO (em grão)

 

Comparando-se com maio, a estimativa para a área a ser colhida com feijão total diminuiu 0,5%. Para as estimativas da produção e do rendimento médio, as reduções foram de 1,9% e 1,4%, respectivamente. Neste levantamento, os maiores produtores são Paraná com 22,0%, Minas Gerais com 16,5% e Goiás com 9,8% de participação na produção nacional.

 

MILHO (em grão)

 

A estimativa da produção do milho soma 97,7 milhões de toneladas, aumento de 0,7% em relação ao mês anterior. O crescimento se deve aos reajustes positivos na segunda safra, que se encontra em plena colheita, já que a estimativa da safra verão foi reduzida em 0,4%, em decorrência, principalmente, da redução da estimativa do Ceará, que passou de 589,3 mil toneladas em maio para 312,7 mil toneladas em junho.

 

Havendo redução de 47,1% no rendimento médio, que passou de 1.002 kg/ha para 530 kg/ha, em decorrência da falta de chuvas. A 2ª safra do milho atualmente responde por 68,4% do total a ser colhido pelo País, aguardando-se para a mesma, 66,8 milhões de toneladas, aumento de 1,3% em relação ao mês anterior.

 

O rendimento médio aumentou 0,9%. No presente mês, houve aumentos nas estimativas da produção do Paraná (0,3%), com acréscimo de 37.591 toneladas; Mato Grosso do Sul (4,6%), acréscimo de 413.631 toneladas; Goiás (4,5%), acréscimo de 380.700 toneladas e Bahia (6,6%), acréscimo de 29 400 toneladas.

 

Com exceção do Paraná, que teve sua área plantada e a área a ser colhida aumentada em 0,2%, nos demais estados citados foi à reavaliação positiva do rendimento médio que mais influenciou no aumento das estimativas, resultado dos ajustes realizados à medida que a colheita do milho avança no campo.

 

SOJA (em grão)

 

A estimativa da produção da soja alcança 114,8 milhões de toneladas, aumento de 0,8% em relação ao mês anterior. Esse crescimento se deve principalmente aos reajustes de final de colheita realizados nas estimativas da produção da Bahia (7,9%), acréscimo de 381 600 toneladas; do Paraná (0,4%), acréscimo de 81 737 toneladas; de Santa Catarina (4,4%), acréscimo de 101 422 toneladas; do Mato Grosso do Sul (3,0%), acréscimo de 258.632 toneladas e de Goiás (0,2%), acréscimo de 22.769 toneladas.   

 

ESTIMATIVA DE JUNHO EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO OBTIDA EM 2016

 

No quadro a seguir, estão representadas as variações percentuais e absolutas das principais culturas levantadas, em comparação com a safra anterior. Os destaques em 2017 cabem a produção da soja, que alcança 114,8 milhões de toneladas e a produção do milho que alcança 97,7 milhões de toneladas, ambas recordes para o País. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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