Um cena triste. “Estou no local. Muito triste, parece cena de guerra. Muitos feridos, outros mortos. Muito triste”, relata o repórter do Tá Sabendo, Rafael Sivestrin, em um áudio enviado à redação. Eram 4h00 da madrugada.
O acidente aconteceu perto das 3h45. Rapidamente o resgate foi acionado. Mas conforme iam chegando as informações, mais ajuda era necessária. Sem pensar, profissionais de diversas áreas se uniram no resgate dos sobreviventes. Policiais militares, civis, federais, socorristas do Corpo de Bombeiros, do Samu, da Viapar, profissionais da imprensa, populares, seguranças, enfim, foram muitos que somaram forças num mesmo propósito: salvar vidas.
Uma cena marcante foi quando o Cabo Lourenço, o mesmo que há poucos dias foi vítima de racismo, abraçou uma criança em prantos e ensanguentada e carregou ribanceira acima. Solidariedade. Compaixão. Momentos que se eternizam nas imagens feitas pelo repórter Rafael Silvestrin.
Quando todos já haviam sido socorridos, o cabo de Lima, do Corpo de Bombeiros, organizava as bagagens. Um celular, que estava caído dentro do ônibus, toca. O socorrista atende. Do outro lado da linha um parente em desespero, querendo informações. Com a voz embargada, o profissional descreve a situação (Assista o vídeo abaixo).
Foi um trabalho que durou mais de 4 horas. Exaustivo. No final, o senso do dever cumprido renova todas as forças, mas deixa gravado na memória as cenas tristes, daqueles que não sobreviveram. Por isso, o trabalho dos socorristas deve ser sempre reverenciado. (Com Tá Sabendo)