Segunda, 14 Novembro 2016 21:59

População de idosos no Paraná deve dobrar até 2030

As vagas especiais de estacionamento, o caixa preferencial e a meia-entrada são alguns dos direitos assegurados à terceira idade nas últimas décadas pelo Estatuto do Idoso.

 

Porém, as necessidades desta população vão muito além disso.

 

Com o aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa de fecundidade, o País envelhece rapidamente, o que torna o planejamento das políticas públicas um grande desafio. 

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos no País mais que dobrou entre os censos de 2000 e 2010, passando de 15,5 milhões para 23,5 milhões, alta de 9% para 12,1% da população brasileira. Segundo projeções do IBGE, até 2020, a população de idosos chegará a 32 milhões, cerca de 15% da população total, o que fará do Brasil o detentor da sexta maior população idosa do mundo. 

 

O Paraná segue o padrão acelerado de envelhecimento populacional. O último censo do IBGE (2010) indica que o Estado tinha 1.316.554 de habitantes com mais de 60 anos, representando 11,2% da população paranaense. Para 2030, o instituto calcula que o Estado praticamente deverá dobrar este número, chegando aos 2,5 milhões de idosos, o que representará 20,91% da população. 

 

De acordo com dados do IBGE, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) calculou as taxas de idosos nos municípios paranaenses. A metodologia leva em conta o número de idosos para cada 100 jovens com menos de 15 anos. O mapa mostra um Paraná dividido, com as faces Norte e Oeste mais envelhecidas em relação ao Sul e Leste do Estado. O Noroeste tem a maior taxa de idosos, com 43 idosos para cada 100 jovens. 

 

As regiões do Norte Pioneiro, Norte Central e Centro-Oeste aparecem com a relação de 41 a 42 pessoas com mais de 65 anos para cada 100 jovens. A Região Metropolitana de Curitiba aparece com a relação de 28,26. Já o Centro-Sul é considerada a região mais jovem, com 24,18 idosos para cada centena de jovens. Para o pesquisador do Ipardes, Paulo Roberto Delgado, o principal fator que pode explicar as diferenças de índices de idosos dentro do Estado é o caráter migratório.

 

"As regiões que compõem o Norte do Estado perderam muita população nas últimas décadas. Ao se levar em conta que essa migração é composta, principalmente, por jovens, que buscam melhores condições pelo emprego ou estudo, temos essa diferença no mapa", analisa Delgado.

 

 

 

 

Por Celso Felizardo (Grupo Folha)

 

 

 

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