Segunda, 31 Outubro 2016 22:33

Carbonizadas, vítimas de acidente serão identificadas por DNA

A identificação oficial das 20 vítimas do grave acidente que envolveu um ônibus e um caminhão no interior do Paraná nesta segunda dia 31, levará ainda alguns dias e dependerá de exame de DNA.

 

A lentidão no reconhecimento das vítimas se deve ao estado dos corpos, que ficaram carbonizados.

 

O acidente ocorreu entre os municípios de Cafezal do Sul e Iporã (610 km de Curitiba). Morreu o motorista do caminhão e 19 pessoas que estavam no ônibus da Prefeitura de Altônia. Eram pacientes, com seus acompanhantes, que passariam por cirurgia de catarata na cidade vizinha, Umuarama.

 

O ginásio de esportes de Altônia deve ser mobilizado para o velório. Segundo o IML, estão sendo colhidas amostras de sangue de parentes das vítimas para a identificação. Até as 18 horas, faltava coletar o material de seis familiares. O caminhoneiro Sérgio Scaravonatto, 50, foi identificado e liberado pelo IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama. Ele é morador da cidade de Pato Bragado (oeste do Paraná). Trabalhava para um laticínio, era casado e tinha duas filhas. Scaravonatto foi reconhecido pelo cunhado dele, Leomar Rohden, que é vice-prefeito de Pato Bragado (PR). Segundo parentes, o corpo havia saído do IML às 16h30, mas ainda não se sabia onde seria velado.

 

Virgilina Tenório Martins, uma das passageiras do ônibus, foi a única que não ficou carbonizada. Ela morreu com o impacto da batida.

 

Até o começo da noite desta segunda, os únicos dois corpos liberados foram de Virgilina (que, no caso dela, será velada no salão paroquial de Altônia) e do motorista. O IML pediu caráter de urgência à unidade central, em Curitiba, para a realização dos exames.

 

 

'LIVRAMENTO'

 

Maria Graça Siquelli é sobrinha da paciente Izabel Pequini Lazarin, moradora da zona rual de Altônia e que estava na lista dos passageiros que iriam até Umuarama para realizar a cirurgia de catarata. Os familiares, no entanto, resolveram levá-la de carro. "A gente vê isso como um livramento. Foi muito triste para a cidade. A gente vê os vídeos que o pessoal postou no Facebook e imagina a dor dessas pessoas", diz Maria Graça. Segundo ela, a tia contou que passou pelo local do acidente no momento em que os bombeiros controlavam as chamas, mas não imaginou que poderia ser o ônibus da Secretaria da Saúde. (Com Folhapress)

 

 

 

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