O rapaz teria se aproveitado do estado de embriaguez da garota para manter relações sexuais com ela. O acusado afirma que a relação foi consensual, mas a garota afirma que teria desistido antes de consumar o ato.
O jovem foi autuado pelo delegado de plantão por estupro de vulnerável. O caso será repassado para a delegacia da Criança e do Adolescente.
Trata-se do segundo caso em menos de dois meses em que uma adolescente de 13 anos é estuprada em Londrina. No dia 16 de agosto deste ano uma adolescente de 13 anos foi abordada por três amigas após a saída da escola e a levaram para a residência de uma delas, onde estava um adolescente de 17 anos. Lá ela tomou um suco e só acordou no dia seguinte, cheia de hematomas. Ela relatou na época que não se recordava de nada, mas um legista confirmou o estupro por meio de exames realizados no Instituto Médico-Legal (IML).
Um levantamento realizado pelo Ipea, com base nos dados de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), apontou que 70% das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes. Em pelo menos metade das ocorrências envolvendo menores, existe um histórico de estupros anteriores. Outro dado alarmante aponta que a proporção de ocorrências com mais de um agressor é maior quando a vítima é adolescente e menor quando ela é criança.
O 9º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado em outubro do ano passado (com dados de 2014) aponta que a cada 11 minutos há um caso de estupro notificado no Brasil.
A pesquisa do Ipea mostra que 24,1% dos agressores das crianças são os próprios pais ou padrastos, e 32,2% são amigos ou conhecidos da vítima. O indivíduo desconhecido passa a configurar paulatinamente como principal autor do estupro à medida que a idade da vítima aumenta. Na fase adulta, este responde por 60,5% dos casos.
A pesquisa estima que no mínimo 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil e que, destes casos, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia. Os registros do Sinan demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade.
Por Vítor Ogawa (Grupo Folha)
