Terça, 09 Agosto 2016 10:13

Diariamente quatro paranaenses morrem ou ficam incapacitados para o trabalho

A cada dia quase quatro paranaenses vão trabalhar pela última vez por causa de acidentes de trabalho.

 

Na última década em média 1.342 trabalhadores perderam a vida ou ficaram incapacitados permanentemente para o trabalho por ano no Estado.

 

Os dados são baseados nas estatísticas da Previdência Social que revela que 13.417 paranaenses sofreram acidentes fatais ou que geraram incapacidade permanente.

 

Para Alexandre Gusmão, especialista no assunto, a causa desta tragédia humana que ocorre no Paraná e nos demais estados brasileiros é que a sociedade ainda não despertou para o custo social e econômico que os acidentes geram para o país. Anualmente morrem cerca de 200 trabalhadores e outros 1.100 ficam totalmente incapacitados para o trabalho no Paraná. O estado ocupa a terceira posição entre as mortes no trabalho, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais.

 

O tema saúde e segurança do trabalho será tema de grande evento entre os dias 10 e 12 de agosto no Expo Unimed, em Curitiba. Lá acontece a PrevenSul Paraná, feira que reunirá também diversos eventos técnicos para discutir como as empresas podem melhorar sua atuação em prol da prevenção de acidentes de trabalho. Gusmão, que é coordenador do evento, explica que o país desperdiça atualmente cerca de 120 bilhões de reais todos os anos por não priorizar o tema. “Falta priorizar a prevenção para evitar que seja desperdiçado dinheiro e principalmente que trabalhadores sejam mortos ou virem sub-cidadãos”.

 

Anualmente acontecem mais de 50 mil acidentes de trabalho no Paraná gerando um prejuízo grande às empresas e ao Estado, que tem que pagar a conta através do atendimento médico ou da geração de aposentadorias e pensões. Mas a principal vítima são os trabalhadores que perdem a sua vida ou parte de sua saúde e não podem voltar ao trabalho.

 

O levantamento foi desenvolvido com base nos dados da Previdência Social. Para Gusmão, apesar da evolução registrada nas melhorias das condições de trabalho nas empresas brasileiras nos últimos anos, é preciso ações mais enérgicas por parte da sociedade para enfrentar os riscos existentes nos locais de trabalho.

 

 

 

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