Os dados são baseados nas estatísticas da Previdência Social que revela que 13.417 paranaenses sofreram acidentes fatais ou que geraram incapacidade permanente.
Para Alexandre Gusmão, especialista no assunto, a causa desta tragédia humana que ocorre no Paraná e nos demais estados brasileiros é que a sociedade ainda não despertou para o custo social e econômico que os acidentes geram para o país. Anualmente morrem cerca de 200 trabalhadores e outros 1.100 ficam totalmente incapacitados para o trabalho no Paraná. O estado ocupa a terceira posição entre as mortes no trabalho, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais.
O tema saúde e segurança do trabalho será tema de grande evento entre os dias 10 e 12 de agosto no Expo Unimed, em Curitiba. Lá acontece a PrevenSul Paraná, feira que reunirá também diversos eventos técnicos para discutir como as empresas podem melhorar sua atuação em prol da prevenção de acidentes de trabalho. Gusmão, que é coordenador do evento, explica que o país desperdiça atualmente cerca de 120 bilhões de reais todos os anos por não priorizar o tema. “Falta priorizar a prevenção para evitar que seja desperdiçado dinheiro e principalmente que trabalhadores sejam mortos ou virem sub-cidadãos”.
Anualmente acontecem mais de 50 mil acidentes de trabalho no Paraná gerando um prejuízo grande às empresas e ao Estado, que tem que pagar a conta através do atendimento médico ou da geração de aposentadorias e pensões. Mas a principal vítima são os trabalhadores que perdem a sua vida ou parte de sua saúde e não podem voltar ao trabalho.
O levantamento foi desenvolvido com base nos dados da Previdência Social. Para Gusmão, apesar da evolução registrada nas melhorias das condições de trabalho nas empresas brasileiras nos últimos anos, é preciso ações mais enérgicas por parte da sociedade para enfrentar os riscos existentes nos locais de trabalho.