Sábado, 21 Maio 2016 14:56

Governador Beto Richa sobre MST: "Eles não mandam no meu governo"

O governador Beto Richa respondeu de forma dura na manhã desta sexta dia 20, em Cascavel, a uma das exigências do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para pôr fim aos protestos que ocorrem nas rodovias do Paraná.

 

O movimento quer a saída imediata do chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, apontado pelo MST como um dos incentivadores do conflito agrário. Richa está na região para liberar recursos para obras e ações em diversas cidades.

 

De acordo com Richa, é impossível atender ao pedido dos sem-terra. “Eles não mandam no meu governo. Eu monto a minha equipe, sei da qualificação e da importância de cada um dos meus secretários, ou melhor, a opinião deles não me interessa em relação a isso”, afirmou.

 

Richa negou que Rossoni tenha interferido para prejudicar os sem-terra e disse estar aberto para o diálogo. “Sou uma pessoa tolerante equilibrada emocionalmente e estou disposto a conversar com todos, mesmo que tenha opiniões contrárias, mesmo que tenham motivações políticas, partidárias”, enfatizou.

 

 

Surpreso

 

O governador disse ainda que na tarde desta quinta ficou acertado que ele irá receber integrantes do movimento no início da próxima semana sob a condição de que eles desbloqueassem a rodovia – a assessoria do governador confirmou o encontro para a próxima quarta-feira (25) no Palácio Iguaçu. “Acabei de ser surpreendido na manhã de hoje [sexta-feira] com alguns pontos de bloqueios”, declarou.

 

 

Secretário

 

O secretário chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, que também esteve em Cascavel, disse em entrevista à rádio CBN que existem dois movimentos dentro do MST, um que trabalha e que deu certo, mas há outro composto por “vagabundos que não trabalham, não conhecem o que é a enxada e o que é foice”. Ele classificou esse outro MST como “quadrilha” e diz que são mantidos pelo governo federal.

 

Rossoni também alfinetou o assessor de Assuntos Fundiários, Hamilton Sergihelli, que havia dito que não sabia da reintegração de posse feita na quarta na Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu. “O Hamilton Serighelli é subordinado ao chefe da Casa Civil, certamente se ele tivesse ligado pra mim ele teria conhecimento do que poderia acontecer no outro dia, mas como ele não se reportou a mim, se reportou as pessoas erradas não tinha conhecimento e quem não obedece hierarquia, algo está errado”, afirmou.

 

 

 

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