O alerta é Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), na campanha “31 Dias para mudar o trânsito”, parte das ações do Maio Amarelo.
“A partir do momento em que o ciclista coloca o fone de ouvido, ele isola todos os outros sons que estão a sua volta, como buzina de carro, sirene de ambulância, freadas bruscas e outros alertas sonoros. Deixar de ter a percepção destes sons aumenta a probabilidade de acidentes, além de ficar mais vulnerável a assaltos e furtos”, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
Segundo o médico Otorrinolaringologista da Universidade Federal do Paraná, Dr. José Fernando Polanski, a atitude também provoca uma dificuldade de localização da fonte sonora, mais conhecida como ‘mascaramento’.
“Com o uso dos fones, algum som de alerta como o de uma buzina pode até ser ouvida, porém há uma dificuldade de identificar de que lado e de onde vem o som e o carro. O fone de ouvido, provoca um abafamento dos sons ambientais do próprio trânsito e aumenta o risco de acidentes”.
Segundo um estudo feito em 2014, pela Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET), grande parte das colisões envolvendo ciclistas ocorre por que uma das partes envolvidas no acidente não percebeu a presença da outra. Entre as principais causas dessa não percepção, segundo a pesquisa, é a utilização de fones de ouvido.
O ciclista e fotógrafo, Rodolfo Massambone, que usa a bicicleta como meio de transporte alternativo há dois anos, conta que abandonou os equipamentos para ter mais segurança. “Pedalo preferencialmente pelas ciclovias, mas infelizmente 70% do meu trajeto diário é nas ruas, competindo com os carros. No começo eu costumava usar fones, mas sentia a necessidade de ouvir o que acontece ao meu redor. Tenho mais segurança ao pedalar quando ouço os carros, as pessoas e as situações que estão acontecendo próximos à mim”, relata ele.
Por assessoria