“Estes jovens, altamente conectados, têm acesso a material na internet, compartilham informações, estão em grupos diversos. Eles estão muito expostos”, conta. O Nuciber está finalizando as estatísticas do ano passado, mas o delegado diz que casos envolvendo essa faixa de idade foi a que mais avançou no ano passado. “Hoje, é a idade que mais preocupa”.
E neste universo, os pais estão sempre atrás. “Na maior parte dos casos que investigamos, os pais soltam a tecnologia nas mãos dos filhos, mas sem fiscalizar o uso. Hoje, elas vão até dormir conectadas (com o celular)”, continua Oliveira. Já o pedofilo ou abusador é justamente o contrário. Ele está atento às oportunidades na internet. “Usa a gíria dos jovens, ouve a mesmas músicas e navega nos mesmos sites. Está bem entrosado neste universo”, diz o delegado.
Veja dicas da Campanha Nacional de Combate à Pedofilia e Abusos na internet
Mantenha o computador em uma área comum da casa. Não deixe no quarto da criança usuária da internet por ser diferente de um móvel ou de um livro
Acompanhe a criança quando utilizar computadores de bibliotecas ou de lan houses
Navegue algum tempo com a criança internauta. Da mesma forma que você ensina sobre o mundo real, guie-o no mundo virtual
Aprenda sobre os serviços utilizados pela criança, observe suas atividades na internet. Caso encontrem algum material ofensivo, explique o porquê da ofensa e o que pretende fazer sobre o fato
Denuncie qualquer atividade suspeita. Encoraje a criança a relatar atividades suspeitas, ou material indevido recebido
Caso suspeite que alguém on-line está fazendo algo ilegal, denuncie-o às autoridades policiais
Estabeleça regras razoáveis para a criança. Discuta com ela as regras de uso da internet, inclusive pelo celular. As regras devem, por exemplo, estabelecer limites sobre o tempo gasto na internet
Se necessário, opte por programas que filtram e bloqueiam sites
Monitore sua conta telefônica e o extrato de cartão de crédito. Para acessar sites adultos, o internauta precisa de um número do cartão de crédito e um modem pode ser usado para discar outros números, além do provedor de acesso à internet
Instrua a criança a nunca divulgar dados pessoais na internet, por exemplo, nome, endereço, telefone, escola e o e-mail em locais públicos, como salas de bate-papo. É a versão moderna do “nunca fale com estranhos”. Recomende que a criança utilize apelidos, prática comum na Internet e uma maneira de proteger informações pessoais
Conheça os amigos virtuais da criança. É possível estabelecer relações humanas benéficas e duradouras na Internet. Contudo, há muitas pessoas com más intenções, que tentarão levar vantagem sobre a criança
Cuide para que a criança não marque encontros com pessoas conhecidas através da internet, sem sua permissão. Caso permita o encontro, marque em local público e acompanhe a criança. (Com Bem Paraná)