Em vídeo postado no Facebook, Tico Santa Cruz conta que tentou adquirir pela internet, sem sucesso, um "assento conforto", mais caro que os assentos comuns devido ao espaço maior entre a poltrona (idêntica às demais) e a divisória do avião. Ele diz ter feito o check-in em uma poltrona aleatória e foi o último a embarcar. Quando entrou na aeronave, o músico tentou sentar na poltrona número 1, do tipo "assento conforto", mas foi impedido por funcionários da Gol.
"Mostrei que o assento estava vago e que eu não estava prejudicando ninguém. Li para eles o artigo 39, inciso 10, que determina que não se pode sem justa causa elevar o preço de serviços prestados", comenta o cantor em vídeo postado nas redes sociais.
"A cobrança não é permitida porque não há diferença no serviço desse tipo de aeronave. Ou seja: não existe nesse tipo de aeronave classes A, B, C, porque todos os assentos são iguais. Então, não pode ter preços diferentes", argumenta.
Dentro do avião, o músico afirma que os demais passageiros iniciaram "um tumulto coletivo". "Começaram a gritar, xingar, reclamar, com razão, porque o voo já estava 40 minutos atrasado. Por fim, o comandante do voo convocou três agentes da Polícia Federal que me conduziram para fora da aeronave. Não havia motivo nenhum para me tirar do voo. Foi uma intransigência da Gol", comenta.
E acrescentou: "Em momento algum fui agredido por conta das minhas posições políticas. Não houve isso".
Processo à vista
Tico Santa Cruz desembarcou em Maringá às 15h35, em outro voo da Gol. Não teve de pagar outra passagem. A palestra de hoje à noite na UEM, organizada pela Frente Brasil Popular - formada por entidades que apoiam a presidente Dilma Rousseff está confirmada.
Segundo Pedro Rodrigues, assessor do cantor, Tico Santa Cruz já acionou seus advogados para tomar medidas legais contra a Gol. (Com O Diário de Maringá)