Sexta, 29 Janeiro 2016 13:09

Direção segura na chuva e o que fazer em casos de deslizamento de terra e alagamento na pista

A primeira quinzena de 2016 no Paraná foi marcada por seis deslizamentos de terra e cinco alagamentos que atingiram mais de mil pessoas.

 

Para prevenir acidentes, o Departamento de Trânsito (Detran), com apoio da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, orienta os motoristas sobre como proceder em casos de condições adversas nas estradas.

 

“É importante que o motorista se informe e saiba reagir mediante as situações que saem do controle para que a vida seja preservada”, observa o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

 

As chuvas reduzem a visibilidade dos motoristas e aderência dos pneus dos veículos, principalmente em curvas. Além disso, aumentam o espaço percorrido em frenagens e dificultam manobras de emergência.

 

“Quando o condutor dirige sob forte chuva é importante reduzir a velocidade, aumentar a distância dos demais veículos, manter os faróis baixos acesos e evitar passar por poças ou lugares com acúmulo de água”, explica a chefe de programas educativos do Detran, Noedy Bertazzi. “No caso dos motociclistas, a roupa apropriada e a capa impermeável são essenciais para proteção”, diz ela.

 

Em casos de alagamentos o motorista deve evitar dirigir em áreas desconhecidas. Em muitos casos é mais seguro abandonar o carro e se deslocar para uma área mais alta e nunca atravessar uma rua com águas acima da altura dos pneus. Se conseguir seguir em frente ele deve manter sempre a primeira marcha engrenada e aceleração constante.

 

Nos deslizamentos o mais importante é parar a uma distância segura do local e sinalizar e isolar a região para evitar que outras pessoas passem por ali. Por mais que terra e pedras já tenham deslizado o processo ainda pode continuar.

 

Em casos de emergência o telefone do Corpo de Bombeiros é 193.

 

 

EQUÍVOCOS - Em casos de alagamentos o principal equívoco do motorista é tentar atravessar as águas. Com esta ação ele se expõe a vários riscos, inclusive de afogamento, pois a água pode esconder buracos na via. A velocidade das águas também pode arrastar pessoas e carros.

 

Nos casos de deslizamentos o perigo é estacionar próximo à área do acidente, pois o processo pode continuar e atingir o veículo parado.

 

 

BALANÇO - Em 2015 houve um aumento de 131, 25% no número de deslizamentos no Paraná em relação a 2014. Foram registradas 37 ocorrências em 28 municípios.

 

Já o número de ocorrências por alagamentos foi menor de 2014 para 2015, de 74 caíram para 62. Dos 44 municípios alagados Curitiba, Colombo, Guaratuba, Maringá e Ponta Grossa estão na lista dos mais atingidos.

 

Apesar de os alagamentos e deslizamentos continuarem sendo um problema em diversos municípios o número de pessoas afetadas foi menor. Em 2014 foram atingidas 528.152 pessoas e em 2015 foram 31.783.

 

A Defesa Civil explica que uma das razões que justifica a queda do número de pessoas atingidas são os trabalhos de prevenção e preparação aos desastres.

 

“Já temos 1.047 locais mapeados no Paraná, sendo que 220 são áreas de deslizamentos. Assim é possível qualificar os recursos para preparar estas comunidades para casos de desastres”, diz capitão da Defesa Civil, Romero Nunes da Silva Filho.

 

Em 2015, o Detran, por meio da Escola Pública de Trânsito, compartilhou o sistema de videoconferência e telessalas para o treinamento de 586 integrantes das Coordenadorias Regionais e Municipais de Proteção e Defesa Civil.

 

De acordo com o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o volume e a intensidade das chuvas na região Sul do País devem ser intensificados nos próximos três meses. 

 

 

 

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