Pois foi exatamente isso o que uma pesquisa realizada pela Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, em conjunto com a área de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Editora Abril, tentou desvendar ao elencar o que é fundamental para o brasileiro ter uma vida plena. E o Paraná se destaca como um dos estados mais felizes do País.
O estudo, intitulado “O que é para o brasileiro viver ao máximo”, entrevistou entre agosto e setembro deste ano mais de 5 mil homens e mulheres acima de 20 anos e das classes A, B e C de todos os estados brasileiros, incluíndo o Paraná.
O Estado, inclusive, aparece como o 4º mais satisfeito da nação, sendo que 11% dos entrevistados se disseram “totalmente satisfeitos com a vida atual. Já no quesito “aproveitar a vida ao máximo” o paranaense fica em 2º, com 47% dos entrevistados considerando levar uma vida plena, bastante acima da média nacional (39%) e atrás somente do Ceará (54%).
“Esta iniciativa nos ajuda a criar um diálogo com as pessoas sobre o que importante para obter o máximo de suas vidas. Acreditamos que saúde é a base de tudo o que podemos desfrutar e conseguir na vida, e queremos inspirar as pessoas a pensar sobre o que importa para motivá-las a viver de forma saudável”, afirma Marcos Leal, diretor de marketing corporativo da Abbott para a América Latina.
Já quando se trata de ter uma vida plena, 53% dos entrevistados deram notas de 0 a 7. Dos 47% restantes, 41% deram notas entre 8 e 9 e apenas 6% deram nota 10. O principal pilar para se alcançar a plenitude é o convívio familiar (87%), seguido pelo cuidado com a saúde (78%), a realização profissional e a vida afetiva/amorosa (75% cada). Já entre as barreiras, destacam-se a falta de dinheiro (58%), falta de tempo (46%) e o excesso de burocracia no dia a dia (32%).
Vida afetiva - Como já dizia o poeta, “ser feliz é viver morto de paixão”. E a maior parte dos entrevistados paranaenses parece concordar com essa afirmação, tanto que para 75% dos entrevistados a vida amorosa/afetividade é um dos pilares para a vida plena. E esse, aliás, é um dos quesitos em que os paranaenses se destacam. De acordo com o estudo, 29% dos 331 entrevistados do Paraná se disseram totalmente satisfeitos com a vida afetiva. Apenas a Bahia (30%) aparece na frente.
Homens são mais otimistas — Um dado preocupante que a pesquisa traz é que enquanto os homens são maioria entre os totalmente satisfeitos com a vida atual, as mulheres lideram entre as insatisfeitas. O primeiro grupo é formado 54% de homens, com idade média de 41 anos, casada (73%) e particularmente feliz com a vida familiar (77%), afetiva (73%) e espiritual (63%).
No extremo, a maioria é mulher (58%) na faixa dos 34 anos, e tem na falta de motivação e na vida profissional os principais pilares de seu descontentamento, com 56% e 53% de peso, respectivamente. Além disso, 63% das mulheres extremamente insatisfeitas apontam o estresse do dia a dia como um problema constante e que impede uma vida plena.
“Os dados revelam que a questão arquetípica pode estar influenciando a mulher, que enfrenta esse dilema de ser, por natureza mãe, mas que agora também quer galgar seu espaço no mercado de trabalho”, afirma Esdras Vasconcelos, psicólogo clínico e professor titular da USP em Psicologia Social e do trabalho. “A pesquisa traduz muito o dia a dia da mulher”, complementa Andréa Costa.(Com Bem Paraná)