No sábado dia 28 de novembro, o trio saiu do Km 0 da BR 277, em frente ao Porto de Paranaguá, às 10 horas, percorrendo 95 Km até São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). No dia seguinte, no domingo dia 29, os policiais militares seguiram até o destacamento do 1º BPM, em Palmeira, onde pernoitaram após percorrerem 105 Km.
Na segunda dia 30, os policiais chegaram até o Km 270 da BR 277, no município de Prudentópolis, após enfrentarem 65 Km e, por volta das 19 horas, conseguiram encontrar um acampamento a beira da estrada. Na terça, já em dezembro o trio, já muito desgastado, passou pela Serra da Esperança e, por volta das 20 horas, chegou ao Serviço de Apoio ao Usuário, da Empresa Concessionária do Pedágio, no município de Candói, após percorrer 105 Km.
No dia 02, os policiais militares chegaram em Nova Laranjeiras, após percorrerem 90 km com um longo trecho com chuva intensa e chegarem no destacamento do 16º BPM. Na quinta dia 03, penúltimo dia, o trio seguiu até percorreu 122 Km e chegou em Cascavel.
No último dia, na sexta dia 04, a equipe chegou em Foz do Iguaçu, na Aduana antes da Ponte da Amizade, depois de mais 135 Km percorridos. O trio cumpriu o objetivo e atravessou o Paraná percorrendo mais de 800 km. Durante o trajeto os policiais militares receberam hospedagem e alimentação dos irmãos de farda, que foram atenciosos e ajudaram o trio a concluir a missão.
De acordo com soldado Marcelo Borges Vieira, mesmo com a chuva os policiais militares deram continuidade ao percurso, exceto em casos de tempestade com raios, o que não houve durante esta viagem. As bicicletas usadas por eles tem mais de 27 marchas, sendo necessários treinamento para ter força física para seguir com bicicleta e bagagem mesmo nas subidas mais acentuadas.
Durante toda a viagem os policiais militares usaram uma braçadeira preta no braço esquerdo em sinal de luto a morte do soldado Cleverson dos Santos, do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o qual faleceu em serviço no dia 27 de novembro deste ano.
Segundo Vieira, a viagem de bicicleta possibilita conhecer muitas pessoas e apreciar lugares que jamais você conseguirá num automóvel. “Não queremos impor uma nova forma de viver, apenas propor uma forma de transporte, um meio saudável de deslocamento, acreditando na possibilidade de aproveitar melhor a vida, pedalando”, afirma.
TRANSPARANÁ - A TransParaná é uma etapa de um projeto maior que é a Ciclo-Oceanos, uma expedição realizada com bicicletas, em janeiro de 2017, onde os participantes sairão de Pontal do Sul, no litoral do Paraná, e seguirão até a cidade de Valparaíso, no litoral do Chile, um percurso de 3.200 Km. A TransParaná, assim como a Ciclo-Oceanos, é uma forma de provocar duas atitudes nas pessoas, buscar a consciência de se praticar uma atividade física e apresentar a bicicleta como um meio de transporte sustentável, que promove a saúde ao seu usuário, não polui o ambiente e não congestiona as vias públicas.
Por Marcia Santos