Quarta, 02 Dezembro 2015 11:12

Bernardo Carli e seu pai são investigados pelo Gaeco por suposta organização criminosa

Gaeco e Procuradoria Regional Eleitoral deflagram operação contra crimes eleitorais. Além do deputado e Fernando Carli, estão na lista dois vereadores, assessores e coordenadores de campanha.

 

Foi deflagrada nesta terça-feira, 1º de dezembro, pelo Gaeco de Guarapuava e pela Procuradoria Regional Eleitoral de Curitiba, a Operação Capistrum (cabresto, em latim), que investiga uma suposta organização criminosa pela prática de crimes eleitorais.

 

A operação é realizada em Guarapuava e em Curitiba, onde estão sendo cumpridos 72 mandados de condução coercitiva, expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. As oitivas ocorrem na sede do Gaeco de Guarapuava e na Procuradoria Regional Eleitoral, em Curitiba. Também participam da operação sete promotores eleitorais do MP-PR.

 

As investigações apontam a existência de uma organização criminosa formada por um deputado estadual da região de Guarapuava, seu pai e dois vereadores do Município, além de outras sete pessoas. O grupo teria praticado diversos crimes eleitorais em benefício da candidatura do deputado nas eleições de 2014.

 

A matéria chegou sem citar nomes, mas o Fatos do Iguaçu entrou com contato com a Assessoria de Comunicação Ministério Público do Paraná e conseguiu confirmar a relação dos investigados. Segundo informações, a organização criminosa é formada pelo deputado estadual Bernardo Carli, pelo seu pai Fernando Carli, pelos vereadores Maria José Mandu Ribas e Milton Lacerda Roseira Junior, pelos assessores do deputado Hugo Rodrigo Garcia Carvalho, Cesar Ribas de Lima, Valdemar dos Santos e José Antonio Rodakoski Junior, Frederico Gervasico Michelk, marido de uma assessora, e Franciele Menon e Maria do Carmo Ribas de Abreu, coordenadoras de campanha.

 

De acordo com o Gaeco e com a Procuradoria Regional Eleitoral, a organização criminosa atuou dividida em dois grupos, localizados em Guarapuava e no distrito de Entre Rios (25 quilômetros do centro da cidade). As investigações apontam que, durante o período eleitoral, houve a distribuição de vários benefícios a cidadãos para conseguir votos para o deputado. Já no dia das eleições estaduais de 2014, a suspeita é de que os coordenadores dos dois grupos reuniram motoristas e cabos eleitorais para praticar delitos de boca de urna e transporte de eleitores.

 

Há indicações de que o grupo continua a atuar mesmo após as eleições, concedendo benefícios (muitos deles ilegais) a moradores de Guarapuava e região, com o intuito de “manter cativo o eleitorado”.(Com fatos do Iguaçu)

 

 

 

Veja também:

  • China faz investigação contra importação de frango brasileiro

    O Ministério de Comércio da China anunciou nesta sexta dia 18, o início de uma investigação sobre possível dumping (venda de produtos com preço abaixo de mercado) nas importações de frango procedentes do Brasil. A informação é da agência EFE.

     

    A investigação se prolongará por pelo menos um ano, até 18 de agosto de 2018, com a possibilidade de prorrogação por mais 12 meses, informou o Ministério em um comunicado.

  • Gaeco prende delegado e policial

    Integrantes de diversos núcleos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, participaram nesta quarta dia 16, da operação Barão de Drummond, que abrangeu dez cidades e resultou na prisão de um delegado e um investigador da polícia civil.

     

    A operação, deflagrada a partir de investigação iniciada no primeiro semestre de 2016 pelo núcleo do Gaeco em Maringá, no Norte-Central paranaense, tem como objetivo o combate a crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticados por associação criminosa em bancas de exploração de jogos ilegais.

  • Moro deixará de investigar obstrução da Lava Jato por Eduardo Cunha

    O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, deixará de ser responsável por apurar uma suposta tentativa de obstrução da Lava Jato por parte do deputado cassado Eduardo Cunha. O caso é decorrente da delação premiada de Marcelo Odebrecht.

     

    O ministro Edson Fachin, responsável pela Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, acatou um pedido da defesa de Cunha e determinou que o caso seja remetido à Justiça Federal do Distrito Federal, onde os atos ilegais teriam ocorrido.

Entre para postar comentários